Interpelada sobre este assunto à margem de uma reunião dos ministros da Defesa do Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas (Bélgica), a governante portuguesa respondeu que "até este momento sim, mas não é impossível de todo -- pelo contrário -- que essa coligação se alargue e se junte às outras coligações que também oferecem carros de combate".
Helena Carreiras anunciou que na quarta-feira vai realizar-se uma reunião mais alargada com o propósito de aumentar o "esforço de guerra", incluindo doações de veículos de combate de última geração. Portugal prevê enviar três Leopard 2 até ao final de março.
Na segunda-feira o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, dramatizou e disse que é cada vez mais importante o investimento na produção de munições, posição com a qual a ministra portuguesa concorda: "Sentimos todos essa escassez, foram décadas de desinvestimento em Defesa, de desinvestimento nas próprias indústrias de Defesa."
"É mais importante ainda [agora] que nos coordenemos nesse esforço de produção industrial e de disponibilização dessas munições que neste momento não temos", completou.
Na indústria portuguesa, a produção de munições "não está em cima da mesa".
Em relação às aeronaves de combate que o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu nas últimas semanas, Helena Carreiras disse que o assunto foi apenas referido na reunião de hoje, que vai prolongar-se até quinta-feira, mas não houve uma decisão. Há países disponíveis para o fazer, mas Portugal mantém a posição de não enviar, acrescentou a ministra.
Sobre a sucessão do secretário-geral da NATO, em setembro, Helena Carreiras disse que ainda é cedo para abordar o assunto, muito mais para equacionar o perfil do sucessor de Stoltenberg.
Leia Também: Ajuda à Ucrânia? Ocidente adotou perspetiva de que "o tempo salva vidas"