Uma mulher foi acusada, na segunda-feira, de simular um roubo em Alfragide, no concelho da Amadora, depois de ter alegado que o estabelecimento comercial onde trabalhava tinha sido roubado em cerca de 1.400 euros.
Segundo conta o Comando Metropolitana de Lisboa da PSP (COMETLIS), a suspeita, de 47 anos, fez queixa na esquadra para o roubo, contando que o crime foi praticado "quando se preparava para abrir o estabelecimento comercial, no qual é funcionária".
"Para o local e para além da PSP, foram inclusivamente acionados meios de socorro médico", disse a polícia.
No entanto, após investigar o caso, "a narrativa da suposta vítima foi despistada, descortinando-se uma série de indícios que concorreram para um cenário falseado, repleto de incongruências e de debilidades factuais".
Confrontada com as falhas na histórica contada às autoridades, a mulher "acabou por admitir que o roubo que tinha participado não correspondia à verdade e que, efetivamente havia extraviado a quantia monetária, pertencente à sua entidade patronal".
A suspeita foi constituída arguida e acusada da prática do crime de simulação de roubo. A PSP aproveitou para fazer um alerta à população, referindo que este tipo de crime representa "uma relevante percentagem do total de crimes denunciados, sobretudo roubos", levando a um "esforço processual inútil" das autoridades e causando um "injustificado sentimento e perceção de insegurança na população".
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