PJ detém estrangeiro que branqueava fundos do cibercrime internacional
Detido, que terá recebido, ilicitamente, cerca de meio milhão de euros, estará também ligado ao auxílio à imigração ilegal.
© Global Imagens
País Cibercrime
A Polícia Judiciária (PJ), através da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica - UNC3T, articulada com o Ministério Público de Loures, desenvolveu, no início desta semana, uma operação policial que culminou na detenção de um cidadão estrangeiro, com 55 anos de idade, "fortemente indicado pelos crimes de branqueamento de fundos provenientes do cibercrime organizado internacional e do auxílio à imigração ilegal".
Em comunicado, a PJ revela que "o detido, entre os anos de 2020 e 2022, constituiu em Portugal três empresas, procedeu à abertura de contas bancárias em nome destas empresas e ali passou a receber avultados valores de proveniência ilícita, que à data ascendem a cerca de meio milhão de euros".
O suspeito "evidenciava conhecimentos técnicos avançados, sendo manifesto o recurso a ferramentas e meios sofisticados adquiridos a outros cibercriminosos experientes que vendem ou alugam estes serviços, atividade que caracteriza o modelo de 'crime as a service'", continuam as autoridades, explicando que "o cibercrime subjacente ao branqueamento está de forma inequívoca relacionado com o 'modus operandi' ou esquema criminoso conhecido por 'CEO fraud' ou 'BusinessEmail Compromise, BEC Fraud'".
Entenda-se, meios que consistem "na intrusão nos sistemas informáticos das vítimas, induzindo-as, sob engano, a transferirem avultadas quantias monetárias para estas contas bancárias abertas em Portugal, vulgo apelidadas de 'money muling'".
As vítimas eram empresas e pessoas singulares igualmente estrangeiras.
O detido, avança a PJ, vai ser presente a primeiro interrogatório judicial, para efeitos de aplicação de medida de coação considerada adequada.
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