CGTP condena "veemente" aproveitamento da vulnerabilidade dos imigrantes
A CGTP mostrou-se contra quem "escraviza" os migrantes em Portugal, oferecendo-lhes uma "mão cheia de nada".
© Miguel Pereira/Global Imagens
Economia Imigrantes
Em comunicado enviado às redações, a CGTP-IN condenou "veementemente todos os que se aproveitam da situação de vulnerabilidade dos cidadãos imigrantes, que chegam frequentemente ao nosso país, de modo irregular, trazidos ao engano por máfias e outros traficantes sem escrúpulos, com promessas de trabalho e de condições de vida que não encontram à sua chegada".
Tomando como ponto de partida os "últimos acontecimentos que envolveram cidadãos migrantes em Portugal", como, por exemplo, as agressões a um migrante nepalês em Olhão, no início do mês, a CGTP condena quem "escraviza" estes migrantes, "oferecendo-lhes uma 'mão cheia de nada', em troca de horas e horas de trabalho, sem qualquer contrato ou proteção".
A estrutura sindical aponta igualmente o dedo a quem "pretende lucrar ilegitimamente à sua custa, alugando ilegalmente camas para dormir em locais superlotados, situados em pequenos apartamentos e até em lojas, sem quaisquer condições de habitabilidade, segurança e higiene", questionando: "Como é possível, em pleno Séc. XXI, explorar desta forma seres humanos, a quem se cobram balúrdios por camas que apenas ocupam durante 12 horas, e que são depois passadas para outros, para serem sucessivamente ocupadas pelo mesmo período?"
Por entre as entidades na mira da CGTP, neste comunicado, não falta o Executivo de António Costa, que a estrutura sindical condena por "permitir que estas situações, de conhecimento geral, aconteçam à vista de todos, sem que nada seja feito para lhes por termo e proteger os direitos dos cidadãos imigrantes".
"O caso da Mouraria foi exemplo disso. Morreram duas pessoas, entre elas uma criança de 14 anos, e poderiam ter morrido muitas mais… e aparentemente nada foi feito, não houve consequências. Não podemos continuar a fechar os olhos e permitir que estas situações continuem a acontecer", apelou a CGTP.
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