O caso de Ângela Ferreira, que está grávida do marido que morreu em 2019, depois da sua história ter levado à promulgação da lei da inseminação pós-morte em Portugal, está a ser notícia um pouco por todo o mundo.
Em Espanha, o canal Telecinco destaca os "anos de luta" de Ângela e descreve todas as fases do processo, desde a carta deixada por Hugo Ferreira, onde expressava o seu desejo de ser pai, ao impasse jurídico e, finalmente, à gravidez.
A agência EFE e o La Vanguardia escreve que a mulher que liderou "o movimento para legalizar a inseminação post-mortem em Portugal" anunciou que está grávida. O mesmo jornal ressalva que, em Espanha, o processo também é legal desde que haja o consentimento de o pai antes de morrer.
O diário argentino Clarín também conta a história do casal e a luta de Ângela, destacando a "luta com final feliz".
A rádio Exitosa, no Peru, noticia a história "insólita", contando que 100 mil pessoas assinaram a petição para que "a iniciativa fosse discutida pelas autoridades" portuguesas e que "várias figuras políticas" se associaram à causa.
O caso foi também notícia na Colômbia, onde a Revista Semana e o jornal El Tiempo salientam que o processo é também legal na Bélgica, no Reino Unido, em Espanha e na Grécia.
De recordar que, em 2020, Ângela Ferreira foi a protagonista de uma reportagem da TVI sobre inseminação pós-morte, contando que queria engravidar através do sémen deixado em criopreservação pelo marido, ainda em vida e antes de morrer de cancro.
A história de Ângela Ferreira deu origem a uma petição que, no espaço de poucos dias, juntou 100 mil pessoas para pedir que a inseminação pós-morte fosse discutida no Parlamento.
A lei foi aprovada, ainda chegou a ser vetada pelo Presidente da República, e acabou por ser promulgada no final de 2021, entrando em vigor em novembro do ano passado e abrindo a porta a que Ângela pudesse finalmente completar o processo.
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