Abrantes. Detido por suspeita de abuso fica proibido de contactar menores

O homem de 52 anos, detido em Abrantes "fortemente indiciado pelo crime de abuso sexual de crianças", vai aguardar o desenrolar do inquérito em liberdade mas impedido de contactar com menores, disse, esta sexta-feira, fonte da Polícia Judiciária (PJ).

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Lusa
24/02/2023 16:15 ‧ 24/02/2023 por Lusa

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Abrantes

Presente um juiz de instrução criminal, esta sexta-feira, "foi determinada como medida de coação a proibição de contactar a vítima e de estar em espaços ou em atividades que envolvam menores de 16 anos", disse à agência Lusa a mesma fonte.

Em causa está um alegado crime de abuso sexual de uma menor, à data com 13 anos, que terá sido cometido por um homem residente numa aldeia do concelho de Abrantes, no distrito de Santarém.

Segundo adiantou a fonte da PJ, o arguido tem 52 anos, é responsável por um grupo de dança tradicional, e a vítima, do sexo feminino, tem agora 18 anos.

"Os factos ocorreram em agosto de 2017, aproveitando o agressor a proximidade com a vítima, à data com 13 anos de idade, e a ascendência sobre a mesma, dado ser o responsável de grupo de dança de que aquela fazia parte", refere em comunicado o Departamento de Investigação Criminal da PJ de Leiria.

Na mesma nota, a PJ diz ainda que "tais acontecimentos experienciados pela vítima resultaram na necessidade de acompanhamento psiquiátrico e psicológico e na perda de ano escolar".

O homem foi detido na quarta-feira, no seguimento de denuncia e em cumprimento de mandado de detenção emitido pelo DIAP de Abrantes.

Em declarações à agência Lusa, o diretor do Departamento de Investigação Criminal (DIC) de Leiria da PJ, Avelino Lima, disse que "não foi um ato isolado" e indicou que a menina, hoje com 18 anos, só agora conseguiu contar aos pais, tendo a denúncia ocorrido no final de 2022.

Pelo "risco de atividade continuada na escola de dança", que as autoridades estão a investigar, o homem, sem antecedentes criminais, foi hoje ouvido no Tribunal de Santarém em primeiro interrogatório judicial, tendo sido aplicadas as medidas de coação que o afastam da vítima e do contacto com outros menores no grupo e espaço cultural de que era responsável.

Leia Também: Responsável por grupo de dança suspeito de abusar de criança em Abrantes

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