A primeira sessão do julgamento estava marcada para esta manhã, prosseguindo o mesmo na terça-feira. Foi hoje decidido adiar o seu início para 9 de março.
Além de ser julgado por dois crimes de homicídio qualificado, alegadamente praticados em maio do ano passado, o suspeito que se encontra em prisão preventiva vai responder por crimes de detenção de arma proibida e roubo qualificado, na forma tentada, de acordo com a acusação do Ministério Público (MP).
O MP considerou "suficientemente indiciado que, no dia 29 de maio de 2022, por volta das 04:00, o arguido, com 17 anos de idade, na companhia de outros colegas dirigiu-se a um estabelecimento de diversão noturna" em Gandra, concelho de Paredes, no distrito do Porto, "levando consigo uma arma de fogo municiada, para a qual não detinha a necessária licença de uso e porte de armas".
No local, sustenta o MP, o arguido empunhou a arma e apontou na direção da cabeça de um jovem que se encontrava de costas para si e disparou a curta distância, atingindo-o na cabeça, provocando-lhe a morte.
De seguida, segundo a Procuradoria-Geral Distrital do Porto, o suspeito efetuou outro disparo na direção de um segundo jovem, tendo-o atingido no peito, provocando-lhe lesões que obrigaram a internamento hospitalar.
O suspeito encetou uma fuga a pé e, na via pública, terá obrigado uma condutora a imobilizar o seu veículo, apontado a arma de fogo na direção da vítima, a qual, contudo, acabou por conseguir fugir no local.
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