André Pestana, líder do STOP discursou, este sábado, quando a marcha nacional chegou à residência oficial do primeiro-ministro.
“Como sabem, o primeiro-ministro fez uma entrevista em que disse que, alegadamente, não se pode fazer a contagem integral do tempo de serviço porque isso custaria muitos milhões de euros todos os anos", começou por dizer, entre apupos da multidão.
"No fundo, ele diz que não há dinheiro para quem trabalha na escola e não referiu, infelizmente, uma única palavra ao pessoal não docente, essencial para a escola”, continuou, falando para esses profissionais e para os manifestantes que tinha em diante.
"Temos de dizer ao senhor primeiro-ministro que há dinheiro neste país, ele sabe", continuou, atirando que “há sempre milhões para tapar buracos de banqueiros” e ainda “os milhares de milhões de euros para parcerias público-privadas duvidosas”.
"O senhor primeiro-ministro está a mentir quando diz que não há dinheiro para quem trabalha na escola pública", atirou ainda.
Pelo meio do discurso, os manifestantes iam gritando "vergonha" ou "mentiroso".
Várias centenas de pessoas saíram do Parque Eduardo VII, em Lisboa, e caminharam até à Assembleia da República, numa manifestação convocada pelo STOP, a 4.ª desde dezembro de 2022.
Em declarações aos jornalistas, o coordenador do stop, André Pestana, disse acreditar que os portugueses estão solidários com as reivindicações dos professores e apontou como prova disso a sondagem encomendada pelo sindicato que lidera, segundo a qual a maioria dos inquiridos estava a favor da recuperação do tempo total de serviços, uma das reivindicações dos professores.
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