De acordo com as conclusões de uma conferência que juntou especialistas mas também velejadores, é "muito importante" que sejam reportados, independentemente da autoridade, esses avistamentos, com toda a informação a ser sistematizada pelos Centros de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo.
Os participantes na conferência consideraram também útil a criação de um "alerta orcas", que consistiria no envio, pela Marinha, de alertas à navegação em tempo real sobre o avistamento de orcas na costa portuguesa.
A investigação e experimentação de dispositivos de dissuasão acústica e de outros "dispositivos inovadores", foram também temas de debate.
Foi decidido ainda elaborar um protocolo entre o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), a Marinha e a Autoridade Marítima Nacional, para "dar continuidade às recomendações e conclusões" da conferência de hoje.
A conferência "Interação com orcas" foi organizada pelo ICNF, pela Autoridade Marítima Nacional e pela Marinha Portuguesa e surgiu na sequência das recorrentes interações de orcas com veleiros na zona costeira da Península Ibérica que já provocaram danos e mesmo afundamento de algumas embarcações.
O encontro de hoje, quando se assinala o "Dia Mundial da Vida Selvagem", este ano sob o tema "Parcerias para a Conservação da Vida Selvagem", decorreu todo o dia e discutiu temas como a ecologia das orcas ibéricas, as interações das orcas com veleiros, a dissuasão acústica ou os perigos da utilização de petardos e alternativas a estes.
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