A mutilação genital feminina ainda é uma realidade em Portugal. Em 2022 foram detetados, segundo o Hospital Professor Doutor Fernando da Fonseca (HFF), conhecido também por Amadora-Sintra, 190 casos em Portugal, 72 dos quais nesta unidade hospitalar.
Numa publicação partilhada na sua página de Facebook, o Amadora-Sintra revela que tem um grupo de trabalho, constituído pelas enfermeiras Khatidja Amirali e Débora Almeida, enfermeiras especialistas em Saúde Materna e Obstetrícia e membros do grupo de trabalho do Serviço de Ginecologia-Obstetrícia do HFF, cujo principal objetivo "é proteger as novas gerações – as meninas que nascem no HFF – para evitar que esta prática se continue a perpetuar".
De acordo com a empresa de serviço público de rádio e televisão espanhola (TVE), que esteve em Portugal a fazer uma reportagem sobre o tema, os números registados em 2022 representam um aumento de 27,4% dos casos de mutilação genital feminina detetados no nosso país, em relação ao período homólogo. Uma das razões apontadas é o aumento da população imigrante nos últimos dez anos.
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