Proteção Civil? "Países reconhecem que Portugal é um país qualificado"
O ministro da Administração Interna disse hoje que os países europeus reconhecem que Portugal é um país qualificado ao nível do sistema de proteção civil.
© Global Imagens
"Os países europeus e outros países do mundo reconhecem que Portugal é um país qualificado. A Austrália manda cá investigadores conhecerem as nossas práticas. Ainda agora os portugueses que estiveram no Chile foram reconhecidos pelas autoridades chilenas pelo seu conhecimento e o mecanismo europeu de proteção civil não raras vezes reconhece as capacidades, as competências e a qualificação do nosso sistema", disse José Luís Carneiro, em Leiria, quando confrontado com os problemas que surgem todos os anos durante os incêndios.
"Devemos reconhecer as debilidades e as fragilidades, melhorá-las, ultrapassá-las, mas também devemos reconhecer a qualidade do nosso sistema nacional de proteção civil e a qualidade mede-se pela eficácia" do que se passou em 2022, adiantou, durante uma ação de patrulhamento da Guarda Nacional Republicana, no âmbito da monitorização da gestão de combustíveis em Monte Redondo, Leiria.
José Luís Carneiro lembrou que "em mais de 90% das situações houve uma capacidade do sistema de proteção civil para debelar os incêndios até aos 90 minutos".
"Isso mostra eficácia do sistema", sublinhou, referindo, no entanto, que "vão ser introduzidas melhorias no sistema", tendo em conta "as lições aprendidas" em 2022.
O ministro acrescentou que é necessário "estar sempre a aprender, porque a realidade é mais complexa e não cabe nos modelos de ciência que são desenvolvidos".
Reconhecendo que as alterações climáticas influenciam o comportamento dos incêndios, José Luís Carneiro referiu as mortes dos cerca de 25 bombeiros e civis no Chile, país que "tem competências muito qualificadas".
"Mostra que os sistemas têm de se adaptar e evoluir permanentemente e mesmo com essa permanente evolução e adaptação as circunstâncias com que nos confrontamos são muito exigentes", alertou.
O ministro disse ainda que em setembro e outubro já iniciaram o trabalho de preparação da época de incêndios de 2023.
"Estive na União Europeia, onde procurei com outros países sensibilizar para a necessidade de reforçar os meios aéreos, humanos e terrestres de combate, antecipar a disponibilidade desses meios e preposicionar esses meios", informou.
Depois, acrescentou, foram realizados encontros com os autarcas no âmbito das comissões coordenadoras de desenvolvimento regional "para a importância de terem planos municipais de proteção civil e planos municipais de prevenção e defesa da floresta contra incêndios".
"É também um dever que deve estar cumprido pelos poderes locais", reforçou.
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