O avô, suspeito de matar a neta de sete anos em Vialonga, no distrito de Lisboa, ficou sujeito à medida de coação mais gravosa, prisão preventiva, a cumprir num Hospital Prisional, segundo informou o tribunal de Loures.
Segundo informação do Tribunal Judicial de Loures da Comarca de Lisboa Norte, após o primeiro interrogatório judicial, o arguido ficou sujeito "à medida de coação de prisão preventiva, a cumprir em Hospital Prisional".
O tribunal entendeu "estarem verificados os perigos de continuação da atividade criminosa e o perigo de perturbação grave da ordem e da tranquilidade pública".
Uma fonte do Tribunal de Loures adiantou à agência Lusa que o arguido optou por se remeter ao silêncio no interrogatório.
Recorde-se que o crime teve lugar na madrugada da passada terça-feira, 14 de março. À Lusa, a porta-voz da GNR Mafalda Gomes de Almeida confirmou que a criança coabitava com o avô, de 69 anos, e a mãe, não sendo conhecido "contexto de violência doméstica".
Depois de cometer o crime, com recurso a uma arma branca, o homem tentou o suicídio, sem sucesso, tendo sido transportado para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Já o 2.º Comandante dos Bombeiros Voluntários de Vialonga, Gonçalo Guiomar, explicou, na altura, que a criança estava em estado grave à chegada dos serviços de emergência, mas não resistiu aos ferimentos, tendo sido o óbito declarado no local.
O internamento hospitalar do arguido implicou que o interrogatório judicial só hoje se tenha concretizado.
Dada a natureza do crime (homicídio), a investigação foi entregue à Polícia Judiciária.
[Notícia atualizada às 18h32]
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