Em nota de pesar, o episcopado católico português sublinha "a importância que o diálogo entre as diferentes religiões assume na construção da paz e do bem comum de uma sociedade".
"A nossa proximidade orante e solidária dirige-se neste momento às famílias enlutadas e à comunidade ismaelita que sofrem as consequências de um ato chocante", acrescenta o texto da CEP.
O presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), organismo da Igreja Católica, Pedro Vaz Patto, lamentou o ataque, afirmando que "não há nenhum motivo para associar este ato à própria comunidade [ismaelita], que se distingue pela sua abertura ao diálogo inter-religioso, pela recusa de qualquer extremismo".
Pedro Vaz Patto, em declarações à agência Ecclesia, mostra-se convicto de que "o que aconteceu terá sido um ato isolado, de uma pessoa que se representa apenas a si própria e que poderia acontecer com qualquer outra comunidade".
O presidente da CNJP manifestou ainda a sua "solidariedade" à comunidade ismaelita e às famílias das vítimas, e desejou que o caso "não ensombre a boa integração desta comunidade na sociedade portuguesa".
O ataque no Centro Ismaili, em Lisboa, fez duas vítimas mortais - duas mulheres que estavam no interior quando um homem entrou com uma faca.
O suspeito - que, segundo fonte policial, é afegão - acabou por ser atingido pela polícia, estando internado no Hospital de São José.
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