Comunidade afegã em Portugal pede pena máxima para atacante
O ataque aconteceu na terça-feira e foi perpetrado por um refugiado afegão.
© PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Images
A Associação da Comunidade de Afegãos em Portugal diz-se "profundamente chocada" com o sucedido, esta terça-feira, no Centro Ismaelita e pede que o autor do ataque seja condenado a pena máxima.
Em comunicado, a comunidade afegã lamenta e condena o ataque, no qual morreram duas pessoas e uma ficou ferida.
"Aproveitamos a oportunidade para solicitar ao sistema do Governo português que considere a pena máxima para o agressor com base nas leis e nos regulamentos judiciais do país", pode ler-se no comunicado, que indica ainda que se trata de um ato individual, não devendo ser generalizado.
A comunidade diz ter "confiança no sistema judicial português" e pede que o caso seja investigado "ao pormenor" e que os resultados sejam "partilhados com o público". "Em circunstância alguma tais atos violentos e criminosos seriam aceitáveis pela comunidade afegã em Portugal e pela sociedade pacífica de Portugal", pode ler-se no comunicado que apresenta as condolências às famílias das vítimas e deseja uma "rápida recuperação" aos feridos.
"Acreditamos firmemente numa comunidade forte e pacífica onde todos possam viver em paz e harmonia, independentemente da sua raça, cor, etnia e ou diferenças linguísticas", lê-se, por fim.
Recorde-se que o ataque aconteceu esta terça-feira e foi perpetrado por um refugiado afegão. Abdul Bashir, de 27 anos de idade, estava em Portugal há cerca de um ano com os três filhos menores, de 9, 7 e 4 anos.
Segundo o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, "tratava-se de um cidadão beneficiário do estatuto de proteção internacional", levando uma vida "bastante tranquila".
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