Ataque em Lisboa. Lugares de culto devem ser "respeitados e preservados"

A Fundação AIS (Ajuda à Igreja Sofre) manifestou hoje solidariedade com a comunidade ismaelita após o ataque de terça-feira e defendeu que os lugares de culto devem ser sempre "respeitados e preservados como espaços sagrados".

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Lusa
29/03/2023 14:10 ‧ 29/03/2023 por Lusa

País

Ajuda à Igreja que Sofre

"Independentemente das motivações que estiveram na origem deste ato criminoso, os lugares de culto e das respetivas comunidades devem ser sempre respeitados e preservados como espaços sagrados, sendo que nada justifica o recurso à violência", defendeu a diretora do secretariado nacional da Fundação AIS, Catarina Martins de Betencourt.

Citada num comunicado hoje divulgado, em que a fundação manifesta consternação com o ataque de terça-feira no Centro Ismaili de Lisboa e solidariedade para com os familiares das vítimas e a comunidade ismaelita, a responsável lembra ainda que "não se têm registado casos significativos de violência nem de discriminação por motivos religiosos" em Portugal.

Duas mulheres foram mortas na terça-feira no Centro Ismaili, em Lisboa, num ataque com uma arma branca por um homem que foi detido e que está hospitalizado após sido baleado pela polícia.

O ataque -- cuja motivação é ainda desconhecida -- fez mais um ferido, e foi condenado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e pelo primeiro-ministro, António Costa.

A Comunidade Muçulmana Ismaili em Portugal é constituída por cerca de 8.000 pessoas, que seguem os preceitos de um dos ramos xiitas do Islão. O Islão é uma das principais religiões monoteístas, cujos fiéis constituem um quarto da população mundial.

O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) afirmou hoje que "não há um único indício" de que o ataque tenha sido um ato terrorista, admitindo ter resultado de "um surto psicótico do agressor".

Leia Também: AO MINUTO: Filhos de agressor acompanhados. "Comunidade ofereceu-se"

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