"Dificuldades têm de ter um horizonte em que a cruz não pese só sobre uns"
D. António Francisco dos Santos fala com “pena” da austeridade e do impacto que as medidas do programa de ajustamento tiveram nos portugueses. Em entrevista ao Diário Económico, o bispo do Porto classifica o desemprego como um “dos dramas maiores” e que, quando prolongado, pode criar “desilusão” nos portugueses.
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País Bispo do Porto
Três anos de uma elevada dose de austeridade volvidos, o bispo do Porto diz que ainda encontra “dificuldade, privação e alguma ansiedade em relação ao futuro com a ameaça do desemprego”.
Em entrevista ao Diário Económico, D. António Francisco dos Santos classifica o desemprego como “um dos dramas maiores, sobretudo quando é demorado”.
Para o sacerdote, “as pessoas que não encontram emprego começam a viver uma certa desilusão” e os “portugueses precisam de sentir” a verdade “com mais clareza” através de uma “mensagem mais compreensível”.
Ainda sobre a crise financeira que assolou as famílias portuguesas, o bispo diz que “as dificuldades têm de ter um horizonte de sacrifícios em que a cruz não pese apenas sobre uns e outros sejam dispensados desse esforço”.
Sobre a igualde do pacote de austeridade nos portugueses, D. António Francisco dos Santos revela que “o peso das dificuldades recaiu mais sobre as pessoas frágeis” e que tal o deixa com “pena”.
“Creio que todos nós podemos ajudar a corrigir erros e a percorrer caminhos em que a equidade e a repartição das exigências sejam justas”, conclui.
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