Incêndios: Exercício junta 700 operacionais de cinco países em Abrantes
Cerca de 700 operacionais de Portugal, Espanha, Alemanha, Itália e França participam entre quarta-feira e sábado, em Abrantes, num exercício que permitirá treinar a resposta nacional e europeia a um incêndio rural de grandes dimensões, foi hoje anunciado.
© PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Images
País Proteção Civil
Em comunicado, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), entidade organizadora, refere que o exercício internacional EU MODEX PT2023, que vai incluir "movimentação no terreno de meios operacionais", tem por base o "cenário de um incêndio rural de grandes dimensões que deflagra na margem esquerda da Barragem do Castelo Bode, afetando vastas áreas florestais com um grande número de aglomerados populacionais no seu interior".
Este exercício pretende "testar e treinar a resposta em situações de emergência e decorrentes dos incêndios" e irá decorrer com movimentações no terreno dos vários meios operacionais, contando com desempenho de meios aéreos.
Com organização da ANEPC, em colaboração com o consórcio EURO MODEX, no quadro do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia, o exercício "visa treinar e testar a capacidade de resposta conjunta e integrada do Sistema Nacional de Proteção Civil e da União Europeia, num cenário que prevê múltiplas e complexas situações de emergência, provocadas por incêndios rurais, que irão afetar a generalidade do território nacional e, em particular, a região de Lisboa e Vale do Tejo".
Neste quadro, que serve de base ao exercício, é "acionado o apoio do Mecanismo Europeu de Proteção Civil através da mobilização de módulos de combate a incêndios rurais", cujas valências em trabalho integrado vão ser testadas.
"Os diferentes Agentes de Proteção Civil, nacionais e internacionais, irão atuar segundo os protocolos operacionais fixados como se de ocorrências reais se tratassem, desencadeando as ações de resposta necessárias à resolução dos incidentes planeados, pondo em prática e testando as suas diversas capacidades e valências, designadamente de combate a incêndios rurais, de evacuação de populações, de organização de zonas de concentração e de suporte às populações", lê-se na mesma nota.
Por outro lado, acrescenta, "será igualmente testada a importante componente de receção, integração e coordenação dos meios das equipas internacionais que, numa situação real, possam ser chamados a intervir no quadro de apoio de assistência internacional".
Em comunicado, a Câmara de Abrantes alerta que, "devido ao movimento dos operacionais e respetivos veículos, poderão surgir alguns constrangimentos no trânsito durante a deslocação dos mesmos para os diversos cenários".
A autarquia deixa um segundo alerta a quem circule em zona florestal no norte do concelho de Abrantes, durante estes dias, para que "estejam atentos às descargas dos meios aéreos pesados nas zonas florestais".
O exercício vai envolver módulos terrestres de combate a incêndios dos cinco países envolvidos, assim como o módulo aéreo de Espanha, que participa ainda com um Canadair CL415 e com um módulo de análise e avaliação de incêndios.
As entidades nacionais envolvidas no EUMODEX PT2023 são a ANEPC, entidade que organiza, a Força Especial de Proteção Civil (FEPC), Corpos de Bombeiros e Associações Humanitárias de Bombeiros (AHB) da região de Lisboa e Vale do Tejo, Câmaras Municipais de Abrantes, Sardoal, Tomar, Almeirim e Entroncamento, Comunidade Intermunicipal (CIM) do Médio Tejo, Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), Forças Armadas (FFAA), Guarda Nacional Republicana (GNR), Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (GNR), Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Juntas de Freguesia (JF) do município de Abrantes, Polícia de Segurança Pública (PSP), e Sapadores Florestais.
A realização desta tipologia de exercícios (MODEX) é financiada pela União Europeia e consiste em exercícios europeus de módulos de Proteção Civil e outras capacidades de resposta a situações de catástrofe e à forma como as forças, entidades e organismos locais participantes se articulam entre si, refere a ANEPC.
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