"O que os portugueses esperam do Governo é que continue a servir o interesse nacional, independentemente de episódios mais ou menos lamentáveis que se passem", referiu, reforçando que, nesta fase, não se pode "sequer esquecer aquilo que é estrutural em relação ao interesse nacional".
José Luís Carneiro falava aos jornalistas, naquele concelho do distrito de Braga, à margem de uma ação de sensibilização para a proteção da floresta contra incêndios promovida por meios da proteção civil do Vale do Ave, incluindo a GNR, no mercado semanal da cidade.
O titular da pasta da Administração Interna recusou comentar, em concreto, o momento político atual, nomeadamente o pedido de demissão apresentado na terça-feira pelo ministro das Infraestruturas, que foi rejeitado pelo primeiro-ministro.
José Luís Carneiro afirmou: "O que há para dizer sobre essa matéria foi dito, de forma muito clara, por parte do senhor primeiro-ministro".
Contudo, acentuou o ministro, "há um valor crucial [a estabilidade], e foi por esse valor crucial que houve eleições antecipadas, que deram maioria absoluta ao Partido Socialista".
"As eleições antecipadas, no seguimento da não aprovação de um Orçamento do Estado, foram realizadas e o povo português foi muito claro: "nós queremos um Governo estável, que tenha condições para governar o país em circunstâncias que já eram difíceis na altura, [porque] tínhamos acabado de sair de uma pandemia, e em circunstâncias que se tornaram ainda mais exigentes, com uma guerra na Europa, que trouxe os efeitos de inflação e dos custos de vida das populações", disse.
E reforçou: "Importa valorizar o fator da estabilidade política no país".
Para José Luís Carneiro, [os portugueses] sabem que têm um Governo que, "em circunstâncias excecionalmente difíceis, tem conseguido proteger o emprego, o rendimento das famílias e garantir incentivos ao financiamento da economia nacional".
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