Coimbra revoltada com instalação de tribunal central em Castelo Branco
O presidente da Câmara de Coimbra mostrou-se hoje revoltado com a intenção do Governo de instalar o novo Tribunal Central Administrativo e Fiscal (TCAF) do Centro em Castelo Branco.
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País Câmara de Coimbra
"Fomos surpreendidos e ficámos chocados com o rápido anúncio por parte do Governo da intenção de instalação de um novo Tribunal Central Administrativo e Fiscal em Castelo Branco", afirmou hoje José Manuel Silva, que falava durante o período antes da ordem do dia da reunião do executivo de Coimbra.
O autarca recordou que o anúncio aconteceu depois de o município ter "forçado uma reunião com a senhora ministra da Justiça" para resolver vários problemas no setor que afetam o concelho e para defender a instalação daquele tribunal na cidade.
"O Governo socialista tem prejudicado Coimbra repetida e insistentemente na área da justiça, perante o silêncio cúmplice, que nunca deixaremos que seja esquecido, dos socialistas de Coimbra", criticou.
José Manuel Silva salientou que "Coimbra vai mobilizar-se para lutar por mais investimento na área da justiça e não mais irá deixar-se enganar por meras e requentadas promessas".
"Estamos revoltados", asseverou, questionando: "Onde vai o Governo encontrar 16 juízes desembargadores para instalar o novo TCAF em Castelo Branco?".
O presidente da Câmara de Coimbra vincou que o município irá "mobilizar-se para lutar por tudo aquilo" que considera ter direito.
O atual executivo defende, entre outros assuntos, a construção do há muito aguardado novo Palácio da Justiça, a relocalização do Estabelecimento Prisional de Coimbra e a mudança do Tribunal Constitucional e Supremo Tribunal Administrativo para a cidade.
Ainda durante o período antes da ordem do dia, José Manuel Silva recordou os 50 anos de atividade do Hospital dos Covões, aproveitando a efeméride para desafiar o ministro da Saúde a visitar o hospital e a "trazer alguma prenda" para aquela unidade.
"As bodas de ouro do Hospital dos Covões, mas sobretudo o SNS [Serviço Nacional de Saúde] e os doentes, merecem essa consideração", referiu.
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