Fisco realiza buscas nos estádios de Alvalade, Luz e Dragão
Em causa estarão crimes de evasão fiscal ligados a transferências de jogadores de futebol. Tanto Benfica, como Sporting e FC Porto já confirmaram as buscas.
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País Futebol
A Autoridade Tributária está a realizar buscas nos Estádios do Dragão, de Alvalade e na Luz. Em causa estarão crimes de evasão fiscal ligados a transferências de jogadores de futebol.
A SIC Notícias refere, ainda, que o filho de Pinto da Costa, Alexandre Pinto da Costa, a Gestifute, de Jorge Mendes, e alguns jogadores são alvo das autoridades fiscais, estando as suas casas também ser alvo de buscas. A mesma estação indica que, no Benfica, as transferências sob suspeita são as de Rafa, Chiquinho e Vlachodimos. Já a CNN inclui a transferência de Gonçalo Guedes.
Nos locais referidos, estarão cerca de 100 membros da Autoridade Tributária e dezenas de militares da Guarda Nacional Republicana.
Segundo uma nota entretanto divulgada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), as diligências estão a ser efetuadas nas áreas de Lisboa, Porto, Braga, Viana do Castelo, Aveiro e Setúbal e investigam factos ocorridos entre 2014 e 2022, sobre os quais "existem indícios de vantagens patrimoniais ilegítimas, fiscais e contra a segurança social, no valor global de mais de 58 milhões de euros".
Tanto Benfica, como Sporting e FC Porto já confirmaram as buscas.
Também a Autoridade Tributária e Aduaneira confirmou, através de comunicado, as buscas realizadas, dizendo tratar-se de uma investigação relacionada com crimes em negócios do futebol profissional. À operação em causa foi dado o nome de 'Operação Penálti', a qual "se consubstancia no cumprimento de 67 mandados de busca", entre os quais configuram buscas a três Sociedades Anónimas Desportivas (SAD) e vinte e oito a escritório de advogados, gabinetes de contabilidade e empresas de agentes de desportivos.
As buscas estão relacionadas também com a Operação Fora de Jogo, que investiga um alegado esquema de comissões-fantasma milionárias pagas por clubes de futebol, através da emissão de faturas de serviços de intermediação fictícios.
No inquérito investigam-se negócios do futebol profissional, efetuados a partir do ano de 2015, e que terão envolvido atuações destinadas a evitar o pagamento das prestações tributárias devidas ao Estado português, através da ocultação ou alteração de valores e outros atos inerentes a esses negócios com reflexo na determinação das mesmas prestações.
No âmbito desta operação já foram constituídos 47 arguidos (24 pessoas coletivas e 23 pessoas singulares), entre os quais jogadores de futebol, agentes ou intermediários, advogados e dirigentes desportivos. Em causa estão suspeitas da prática de factos suscetíveis de integrarem crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.
[Notícia atualizada às 15h10]
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