"Em Coimbra a adesão foi de 80%, o que mostra que os trabalhadores estão a rever-se nas reivindicações", afirmou o dirigente sindical Sebastião Santana, em declarações à Lusa, referindo-se à exigência de criação de uma carreira específica para cerca de 30 mil profissionais de saúde com funções específicas.
Os dados da Federação revelam que a greve, que cumpre serviços mínimos, assegurando as situações de urgência, regista uma adesão de 100% em hospitais como São José e D. Estefânia, em Lisboa, e Fernando Fonseca, na Amadora, e de 85% em S. João no Porto.
A greve, a partir da manhã de sexta-feira, pode afetar ainda mais serviços segundo o dirigente sindical: "Quando se abrirem as consultas externas, perspetiva-se que não consigam abrir porque não há assistentes técnicos", estimou.
Quanto aos auxiliares de ação médica, com responsabilidades em cuidados primários e até blocos operatórios, Sebastião Santana estima que também venha a registar impacto decorrente da greve.
Quando anunciou a greve, há uma semana, Sebastião Santana disse esperar "uma grande adesão" à greve, porque "o descontentamento dos trabalhadores é enorme", referindo-se aos cerca de 30 mil trabalhadores com funções específicas que, sendo profissionais de saúde, "são atirados para as carreiras gerais".
A paralisação foi convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTPS), para exigir a criação e efetiva negociação de uma carreira para estes profissionais.
Leia Também: Auxiliares de ação médica e assistentes técnicos estão hoje em greve