Marcelo reitera: "Estou a acompanhar atentamente o que se passa"

As declarações do chefe de Estado foram feitas à chegada ao Palácio de Belém.

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Teresa Banha
19/05/2023 14:10 ‧ 19/05/2023 por Teresa Banha

País

Presidente da República

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse, esta sexta-feira, que "quando tiver de falar" irá falar sobre as polémicas que estão a atingir o Governo, nomeadamente, da TAP. 

"Depois do que disse há duas semanas, não fiz nenhuma declaração sobre a matéria num processo que acompanho atentamente, quer na parte económica, que política. Se for necessário, nos termos que entender, faço uma declaração. Não há neste momento, se não os portugueses saberem que estou a acompanhar atentamente a situação", atirou o chefe de Estado.

Questionado sobre a continuação de João Galamba no cargo de ministro das Finanças e do próprio Governo, Marcelo foi peremptório: "Não mudei um milímetro", garantiu.

Marcelo foi questionado se ponderava ouvir os partidos depois da audição de ontem na Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP, onde o ministro das Infraestruturas foi ouvido, e também sobre se já tinha conversado com o primeiro-ministro, António Costa, sobre o conhecimento que este tinha da intervenção do SIS no episódio no Ministério das Infraestruturas. Marcelo escolheu não comentar.

"Quando tiver de falar, irei falar", defendeu ao longo da sua intervenção, que surpreendeu os jornalistas - que já não esperavam que o responsável falasse, dado que o seu gabinete disse que já não o ria fazer por questões agenda. "Eu estou a acompanhar o que se passa, como todos os portugueses. Neste momento, mantém-se o que disse há 15 dias. Continuo a acompanhar uma realidade, como todas, é dinâmica - é um processo, económico, político e social", rematou.

Recorde-se que foi há 15 dias que, na sequência da polémica que envolveu o Ministério das Infraestruturas - no qual participou um ex-adjunto, Frederico Pinheiro, que foi chamado esta semana à CPI à TAP -, João Galamba apresentou apresentou a demissão, que não foi aceite pelo primeiro-ministro, António Costa. 

O chefe de Governo manteve a confiança política no seu ministro - que ainda na quinta-feira esteve também a prestar declarações na mesma CPI -, e a situação provocou um 'braço de ferro' entre Costa e Marcelo, que, se até aqui tinham alguma cumplicidade política, apresentam agora uma "divergência de fundo" - palavras usadas por Marcelo.

Numa intervenção ao país, Marcelo Rebelo de Sousa considerou insuficiente que o primeiro-ministro se tenha desculpado pelo incidente ocorrido nas instalações do Ministério das Infraestruturas com o ex-adjunto do ministro: "Não se resolve apenas pedindo desculpa pelo sucedido. Responsabilidade é mais do que pedir desculpa, virar a página e esquecer. É pagar por aquilo que se faz ou se deixou de fazer".

"É uma realidade objetiva, implica olhar para os custos objetivos daquilo que aconteceu: na credibilidade, na confiabilidade, na autoridade do ministro, do Governo e do Estado", defendeu na altura.

O Presidente da República argumentou ainda no início do mês que "onde não há responsabilidade, na política como na administração, não há autoridade, respeito, confiança, credibilidade" e que "um governante sabe que ao aceitar sê-lo aceita ser responsável por aquilo que faz e não faz, e também por aquilo que fazem ou não fazem aqueles que escolhe, e nos quais é suposto mandar".

[Notícia atualizada às 14h41]

Leia Também: Frederico Pinheiro pondera processar Costa e Galamba. "Difamaram-me"

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