Babel. Elad Dror garante que pagará caução de um milhão para ficar livre
O empresário israelita Elad Dror declarou, à saída do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto que "vai pagar o milhão de euros" que lhe foi aplicado como medida de coação para poder ficar em liberdade.
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País Operação Babel
Por decisão da juíza do TIC, o vice-presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Patrocínio Azevedo, e o empresário Paulo Malafaia ficaram em prisão preventiva, no âmbito da investigação da Operação Babel.
O empresário israelita, Elad Dror, saiu em liberdade a troco do pagamento de uma caução de um milhão de euros e a entrega do passaporte, enquanto o advogado João Lopes fica em prisão domiciliária com pulseira eletrónica e proibição de contactar com os demais arguidos e Amândio Dias, diretor da Direção de Serviços de Bens Culturais, foi obrigado a suspender as funções.
Todos os arguidos ficam proibidos de contactar entre si e com arguidos a constituir, lê-se ainda na informação distribuída pelo tribunal.
Dror manifesto-se convicto de que o projeto Skyline, em Vila Nova de Gaia, "vai continuar" e que a empresa [Fortera] que dirige "vai prosperar", admitindo, contudo, que sem ele na liderança devido às circunstâncias em que foi envolvido.
"Isto só aconteceu porque provavelmente sou interessante para o público. Vou tornar-me menos interessante, vou dedicar-me à família", disse.
O seu advogado, José Maria Sanches, por seu lado, afirmou que o "processo é grande, que requer muita análise e que foram prestados todos os esclarecimentos".
"O meu constituinte está em liberdade, mantém-se disponível para dar todos os esclarecimentos e mostrar a sua inocência", acrescentou.
Pedro Maldonado, advogado d João Lopes, confirmou que o seu constituinte fica em prisão domiciliária, situação de que admitiu ir recorrer.
Este processo principal da Operação Babel centra-se "na viciação de normas e instrução de processos de licenciamento urbanístico em favor de promotores associados a projetos de elevada densidade e magnitude, estando em causa interesses imobiliários na ordem dos 300 milhões de euros, mediante a oferta e aceitação de contrapartidas de cariz pecuniário".
Na Operação Babel estão em causa crimes de recebimento ou oferta indevidos de vantagem, de corrupção ativa e passiva, de prevaricação e de abuso de poder, praticados por e sobre funcionário ou titular de cargo político.
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