Suíça condena ativistas ambientais, incluindo portugueses, após protesto
A justiça suíça condenou hoje 102 ativistas ao pagamento sanções pecuniárias que se manifestaram na terça-feira contra uma exposição de jatos privados que se realizava numa zona adjacente ao aeroporto de Genebra.
© Reuters
País Suíça
Em comunicado citado pela agência noticiosa Efe, as autoridades locais consideraram que os 102 ativistas são culpados de invasão de propriedade, danos materiais e conduta violenta, enquanto um outro, menor de idade, foi enviado para o tribunal de menores.
Um dos condenados foi também considerado culpado de violência ou ameaças contra as autoridades por ter ferido um guarda nos incidentes de terça-feira.
Entre os ativistas detidos, estão três portugueses, disse hoje à Lusa o porta-voz do grupo Abolir Jatos Privados (AJP), Noah Zino, que detalhou que um pertence à AJP e dois às organizações Climáximo e Scientist Rebellion Portugal.
A pena consiste numa sanção pecuniária de forma suspensa, pelo que os ativistas apenas terão de a pagar em situação de reincidência, tendo já deixado a custódia judicial.
Organizações ambientalistas como a Greenpeace ou a Extinction Rebellion denunciaram que a intervenção da polícia para retirar os ativistas, tendo recorrido a gás pimenta.
A ação levou as autoridades aeroportuárias a encerrar o tráfego aéreo na zona, embora as organizações ambientais envolvidas tenham afirmado hoje que os ativistas não atravessaram as pistas do aeroporto e não tinham intenção de o fazer.
Os detidos vêm de 17 países, incluindo Espanha, Suíça, França, Alemanha, Reino Unido, Itália e Alemanha, e o seu principal objetivo era boicotar a Exposição e Convenção Europeia da Aviação Comercial, a maior feira de aviões privados da Europa.
A controvérsia sobre a utilização de jatos privados não é nova na Suíça. Em janeiro, a Greenpeace criticou a utilização dos aviões para o transporte dos participantes na reunião do Fórum Económico Mundial em Davos, também na Suíça, apontando que os jatos emitiram tanto dióxido de carbono como 350 mil automóveis.
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