Sociedade pede ao Governo criação de Plano Nacional da Saúde da Mulher

A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde alerta para a necessidade de uma "estratégia nacional para melhorar o acesso das mulheres aos cuidados de saúde".

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Notícias ao Minuto
26/05/2023 09:14 ‧ 26/05/2023 por Notícias ao Minuto

País

Saúde

A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS) deixou recomendações ao Governo sobre a necessidade de estudar uma orientação para os cuidados da saúde feminina - ou, por outras palavras, de um Plano Nacional da Saúde da Mulher.

A informação consta de um comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso, em que a sociedade alerta para a necessidade de uma "estratégia nacional para melhorar o acesso das mulheres aos cuidados de saúde".

"Mais conhecimento da população sobre a forma de ver a mulher, mais rastreios de saúde, melhor acesso digital à formação dos profissionais, maior promoção do apoio psicológico e maior audição de subgrupos, como migrantes e mulheres com deficiência", é o que pede a SPLS no comunicado citado.

A presidente da sociedade científica, Cristina Vaz de Almeida, acredita que “este plano deve reconhecer a importância da literacia em saúde e apresentar medidas precisas sobre acesso, prevenção, promoção e capacitação das mulheres”. 

Em causa está uma proposta que, segundo argumenta a entidade, "vai ao encontro daquilo que já se faz noutros países".

Entre as medidas que a SPLS considera que devem ser implementadas, está "um foco na saúde holística da mulher integrada num determinado contexto, na saúde reprodutiva e planeamento familiar, na prevenção e rastreio de doenças, como as infeções sexualmente transmissíveis (IST), e no investimento em pesquisas científicas para melhorar a compreensão das questões de saúde específicas das mulheres".

O plano, na ótica desta entidade, "deve também dar destaque à implementação de estratégias para a promoção da saúde mental, focando-se na prevenção, deteção e tratamento de condições como depressão, ansiedade e violência doméstica".

Para a SPLS, é ainda "fundamental olhar para as mulheres em situação de vulnerabilidade, como idosas, reclusas e vítimas de violência de género", e que o diploma deixe "claro a responsabilidade das instituições de saúde em dar uma resposta assertiva e inclusiva aos membros da comunidade LGBTQI+, como mulheres transgénero". 

Temas no âmbito da saúde materna e do acesso das mulheres aos lugares de topo na saúde são outras das preocupações da associação, com a SPLS a recomendar a "criação de um grupo de trabalho que possa estudar e analisar estas e outras propostas".

Leia Também: Alunos do 4.º ano melhoram em prova de literacia feita na pandemia

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