Os dados, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), reportam-se ao final de abril, quando houve um aumento significativo da área de seca meteorológica, que já abrangia quase todo o continente.
O IPMA ainda não divulgou os dados de maio, que terão em conta as chuvas das últimas semanas, mas em abril destacavam-se o sul e o nordeste do continente como as regiões mais secas.
Hoje, os ministros do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, e a ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, presidem à 14.ª reunião da Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca (CPPMAES), para tomar medidas de mitigação dos efeitos da seca se tal se considerar necessário.
Na passada segunda-feira, o boletim semanal de albufeiras, divulgado pela Agência Portuguesa do Ambiente, dava conta de que três albufeiras estavam a menos de 20% da capacidade, sendo todas no sul do país: Campilhas, a 11%, e Monte da Rocha a 10%, na bacia do Sado, e Bravura a 13% na bacia das Ribeiras do Barlavento.
Com uma capacidade abaixo de 40% estavam mais quatro albufeiras mas oito bacias hidrográficas estavam acima da média para o mês de maio (ao todo sete estavam abaixo).
Na última reunião da CPPMAES, a 21 de abril, os dois ministros manifestaram-se essencialmente preocupados com a seca no sul do país, e mantiveram medidas para poupar água, anunciando outras como a suspensão de novas estufas no sudoeste alentejano. E recomendaram aos municípios com menos água, nomeadamente do Algarve, que criem taxas turísticas, cujas receitas revertam para a sustentabilidade ambiental dos territórios.
Na terça-feira, a ministra da Agricultura anunciou em Bruxelas que a Comissão Europeia está disponível para distribuir 250 milhões de euros pelos Estados-membros mais afetados pela situação de seca extrema e pelas cheias.
"O comissário [da Agricultura, Janusz Wojciechowski,] disponibilizou-se a estudar a possibilidade da mobilização de 250 milhões de euros da reserva agrícola para fazer face a estas situações e para os Estados-membros mais afetados", disse Maria do Céu Antunes, depois de um Conselho Ministros de Agricultura e Pescas da União Europeia (UE), em Bruxelas.
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