Estela foi dar à luz e acabou com intestino perfurado. Espera por justiça

Estela Encarnado ficou com complicações de saúde a partir do dia em que deu à luz no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, a 17 de setembro de 2015.

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Notícias ao Minuto
02/06/2023 09:10 ‧ 02/06/2023 por Notícias ao Minuto

País

Lisboa

Uma utente acusa o Hospital de Santa Maria de negligência médica. Estela Encarnado relatou à CNN Portugal como ficou com restos de placenta depois do parto, precisou de ser operada e, durante essa intervenção, perfuraram-lhe o intestino e o útero.

A paciente ficou com complicações de saúde a partir do dia em que deu à luz no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, a 17 de setembro de 2015.

Ao que relata a CNN, uma semana depois do parto regressou às urgências. Teve de ser assistida porque estava a ter hemorragias.

Foi agendada uma raspagem, ao perceber-se de que tinha "restos de placenta" no útero.

"A doutora disse-me que tinham feito um pequeno corte, receitou-me antibiótico e mandou-me para casa", disse a utente.

Passados oito dias, Estela começou a queixar-se de algumas dores, que foram agravando e às quais se juntaram mais hemorragias. Voltou às urgências, fizeram-lhe um TAC e, nessa altura, confirmaram que tinha uma perfuração uterina e a nível dos intestinos. O relatório, diz a advogada, refere que Estela entrou em "choque sético e hemorrágico por perfuração uterina e intestinal".

A mulher passou nove meses com um saco de colostomia e depois fez o fecho do intestino. As sequelas são graves: não pode voltar a ter filhos, não consegue trabalhar mais de 3 horas por dia e está pejada de cicatrizes. Além disso, as cirurgias podem ainda não ter terminado.

A utente apresentou queixa no tribunal administrativo em 2018 e, hoje, passado 5 anos, o processo ainda não chegou a julgamento.

O Notícias ao Minuto contactou o Hospital de Santa Maria para esclarecimentos sobre o caso, que negou prestar comentários. "Além da salvaguarda a que está obrigado dos dados clínicos da doente, o CHULN respeitará trâmites e prazos jurídicos que ainda decorrem, não comentando neste momento esta matéria", referiu.

[Notícia atualizada às 11h12]

Leia Também: Hospital de Viseu assume dificuldades nas escalas da urgência pediátrica

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