Montemor-o-Velho queixa-se ao Governo de falta de rede móvel nas escolas
A Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, no distrito de Coimbra, vai reportar ao Governo o problema na rede móvel do Ministério da Educação, nas escolas do concelho, que se viu agravado em período de provas de aferição.
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País Coimbra
Há cerca de 15 dias, no âmbito das provas de aferição, o diretor do Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Velho reportou à vereadora com o pelouro da Educação, Diana Andrade, as dificuldades sentidas pelos alunos na realização das provas de aferição, devido à falta de rede na Escola de Arazede.
Esta situação "acontece nas outras escolas também, mas o pior é efetivamente em Arazede, na Escola das Faíscas", com uma "velocidade por cabo de 60 MB por segundo e por 'wifi' de 20 MB por segundo", disse hoje, na reunião de Câmara Municipal, a vereadora Diana Andrade.
Esta situação acontece também nas escolas da Carapinheira e Pereira.
Trata-se de um problema que "não é só das provas de aferição, mas que é sistemático", e os professores têm "inclusivamente dificuldade em escrever o sumário sem que a rede vá abaixo".
A rede minedu é uma infraestrutura nacional que o Ministério da Educação criou para todas as escolas do país.
No entanto, esta falha "põe em causa, naturalmente, o trabalho pedagógico e administrativo nas escolas".
De acordo com a autarca, é "impossível" trabalhar nestas condições e os alunos "não podem dar as mesmas respostas a fazer uma prova de aferição, do que qualquer outra criança, no centro de Lisboa, onde tenha uma rede que funcione na plenitude".
"Está aqui verdadeiramente em causa o princípio da igualdade, quando nós temos mais de 200 crianças numa escola onde não há rede móvel", sustentou.
O presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão, pediu à vereadora para que elaborasse um ofício para ser enviado ao ministro da Educação, João Costa, e à Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), com conhecimento à Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, de que é também presidente.
"Serão feitas as diligências necessárias na CIM, no sentido de se fazer a pressão que se impõe", afirmou na reunião de Câmara.
O autarca lembrou que este problema não é competência da Câmara Municipal, mas que o Município é competente na "defesa de igualdade de oportunidades" dos alunos.
Após este procedimento, Emílio Torrão deu ainda nota de que estaria disponível para "fazer ato público de protesto".
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