Ensino Particular já esperava bons resultados dos colégios

O presidente da Associação dos Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo disse hoje que os bons resultados dos colégios no 'ranking' já eram esperados, tendo em conta a estabilidade do quadro docente e a paz social nestes estabelecimentos.

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Lusa
16/06/2023 09:26 ‧ 16/06/2023 por Lusa

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Exames/Secundário

Em declarações à Lusa a propósito da divulgação do 'ranking' das melhores médias nos exames, Rodrigo Queiroz e Melo referiu que para a Associação o facto de mais um ano de os colégios estarem no topo das escolas não representa uma novidade e é algo que "se percebe já com grande naturalidade".

"Na verdade, no privado há vários fatores que contribuíram para os bons resultados: a estabilidade do corpo docente, os alunos terem todas as aulas, a paz social. Tudo isso são fatores e aliado a um projeto educativo claro que ajudam ao sucesso dos alunos", destaca.

Do 'ranking' deste ano, Rodrigo Queiroz e Melo destaca no entanto como elemento "interessante" a comparação das médias nacionais com o período pré-pandemia de covid-19.

"O que eu diria que os 'rankings' deste ano trazem de muitíssimo interessante e até surpreendente é a comparação das médias nacionais, das médias das escolas que ficam no topo, a meio da lista, com os 'rankings' pré-pandemia [covid-19]. Aí pensamos que isto torna muito claro porque é muito importante a publicação dos resultados escolares", afirmou.

Para Rodrigo Queiroz e Melo, com esta comparação "percebe-se que não correu assim tão mal".

"Ajuda-nos a tentar perceber melhor afinal o que se passou com a pandemia. Na verdade quando vamos buscar os 'rankings' antes da pandemia e comparamos com estes últimos verificamos que a media nacional, a media das escolas nos primeiros 50, das 500 às 550 das que estão mais para o final são muito semelhantes. Na verdade percebemos que algo aqui não correu tão mal quanto se esperava embora de forma muito desigual", disse

No que diz respeito ao privado, Rodrigo Queiroz e Melo considera que "ficou muito claro que houve uma capacidade de resiliência muito grande, que a pandemia foi uma situação difícil, mas não comprometeu o futuro cognitivo dos alunos.

Contudo, no entendimento do presidente da Associação dos Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo o mais importante é todo o país "pensar o que se está a passar nas escolas onde não há bons resultados"

"Todos os alunos não só podem aprender como têm o direito a aprender e é aí que deve estar o nosso foco", disse.

As escolas públicas desceram no 'ranking' das melhores médias nos exames, surgindo em 39.º lugar a primeira pública situada numa vila do interior e a uma hora de viagem do colégio do Porto que agora lidera a tabela.

Numa lista realizada pela Lusa que ordena 496 estabelecimentos de ensino por média obtida nos exames nacionais do secundário de 2022, os colégios voltam a destacar-se, sendo preciso descer até ao 39.º lugar para encontrar a primeira escola pública.

De acordo com os dados, uma em cada 10 escolas teve média negativa nos exames nacionais do secundário em 2022. Houve uma ligeira descida das notas médias no ensino público e subida no privado.

Leia Também: Escolas Públicas descem no ranking geral e aparecem apenas em 39.º lugar

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