O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, disse, esta quarta-feira, que mantém a “expectativa” de que será possível chegar a um acordo no âmbito das negociações com os médicos.
“Não querendo diminuir a capacidade de fiscalização da Assembleia da República, é difícil que um membro do Governo divulgue aquilo que ainda está a negociar na mesa das negociações”, referiu o responsável em resposta na Comissão da Saúde.
Pizarro defendeu que acha possível “chegar a acordo”, mas sublinhou que há diferenças entre as partes.
“Evidentemente, que há matérias que separaram a visão do Ministério da Saúde e do Governo da visão dos sindicatos médicos”, notou, acrescentando que tem vindo a ser desenvolvido trabalho na organização do trabalho médico, situação em que as visões se terão aproximado.
“Diria que, no essencial conseguimos chegar a acordo. Com a organização das equipas para as urgências julgo que as nossas expressões são também muito próximas e estamos agora a trabalhar no regime da dedicação plena e da tabela remuneratória”, estas duas últimas áreas que têm “sempre muita dificuldade”.
No Parlamento, o responsável pela pasta da Saúde disse ainda que havia reuniões marcadas tanto para hoje, como para manhã, e reforçou: “Tenho expectativa que consigamos evoluir”.
Também as Unidades de Saúde familiar foram tema em cima da mesa, já que, de acordo com o que foi conhecido esta quarta-feira, estas unidades vão passar este ano a ter a remuneração dos seus profissionais associada ao desempenho, permitindo que entre 200 mil e 250 mil utentes tenham médico de família.
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