Meteorologia

  • 21 SEPTEMBER 2024
Tempo
17º
MIN 16º MÁX 24º

Morreu o historiador José Mattoso. Tinha 90 anos

O historiador foi o primeiro galardoado com o Prémio Pessoa, em 1987.

Morreu o historiador José Mattoso. Tinha 90 anos
Notícias ao Minuto

16:17 - 08/07/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

País José Mattoso

O historiador José Mattoso morreu hoje, aos 90 anos, informou o atual diretor da Torre do Tombo, destacando o seu papel na modernização dos arquivos nacionais e municipais. 

Em declarações à Lusa, via telefone, Silvestre Lacerda confirmou a morte, "esta manhã", de José Mattoso, ex-diretor da Torre do Tombo, destacando que o historiador se preocupou em "valorizar a memória nacional".

O atual diretor da Torre do Tombo recordou que José Mattoso foi presidente do Instituto Português de Arquivos, criado em 1988 e o primeiro organismo português vocacionado para planear e estabelecer um sistema nacional de arquivos, e coordenar e executar uma política arquivística integrada.

Da fusão do Instituto Português de Arquivos com o Arquivo Nacional da Torre do Tombo resultaram os atuais Arquivos Nacionais/Torre do Tombo.

Quando dirigiu a Torre do Tombo, de 1996 a 1998, José Mattoso colocou Portugal "em contacto com o Conselho Internacional de Arquivos", lembrou Silvestre Lacerda.

Considerado um dos maiores especialistas na História Medieval de Portugal, Mattoso nasceu em 1993, em Leiria, e foi também autor de uma grande obra, da qual se destacam livros como 'Identificação de um país' ou 'Religião e cultura na Idade Média portuguesa'.

Concluiu a licenciatura na Universidade Católica de Lovaina, ne Bélgica, em 1960, na mesma instituição onde, seis anos mais tarde, tirou também o seu doutoramento. 

Aos 17 anos, chegou mesmo a ingressar no seminário, mas acabou por se casar.

Passou por várias instituições ao longo da sua vida, tal como entre 1960 e 1967, onde deu aulas de História da Igreja no mosteiro de Singeverga (1960-1967), pelo Instituto Superior de Estudos Eclesiásticos do Porto (1968-1969) ou também pelo Instituto Superior de Estudos Eclesiásticos de Lisboa (1969-1970) e na Faculdade de Teologia da Universidade Católica, em Lisboa, e no mesmo ano letivo. 

Em maio de 2010 assumiu também a presidência do Conselho Científico das Ciências Sociais e Humanidades da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e, em 2015, foi anunciado como mandatário nacional do Livre/ Tempo de Avançar. 

Foi galardoado com o primeiro Prémio Pessoa, em 1987. Em 1992, o Estado português condecorou-o com o grau de Grande Oficial da Ordem de Sant'Iago da Espada.

[Notícia atualizada às 17h12]

Leia Também: Historiador Garton Ash mantém esperança num regresso britânico à UE

Recomendados para si

;
Campo obrigatório