PJ realiza buscas por alegados crimes na gestão do PSD. Rui Rio visado
Rui Rio será um dos principais visados da operação em curso, que investiga o pagamento de milhares de euros - um montante destinado à assessoria dos grupos parlamentares - a funcionários do partido que não exerciam funções no Parlamento. O PSD já confirmou que a sede nacional e a sede distrital do Porto foram alvo de buscas da PJ.
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País PJ
A Polícia Judiciária (PJ) está a realizar buscas, esta quarta-feira, que visam o ex-líder do PSD Rui Rio e outros dirigentes do partido. Segundo avança a CNN Portugal, em causa estão suspeitas de crimes como peculato e abuso de poderes por alegada utilização indevida de dinheiros públicos na anterior gestão do PSD.
O Notícias ao Minuto entrou em contacto com a Polícia Judiciária (PJ), que acabou por confirmar a informação em comunicado.
As buscas decorreram em vários locais, nomeadamente na sede nacional do PSD, em Lisboa, nas sedes distritais e nas casas de Rui Rio e do deputado social-democrata Hugo Carneiro.
Por volta das 12h30, as buscas no apartamento de Rui Rio já tinham terminado.
Em causa estará um esquema de pagamento de ordenados a funcionários do partido com recurso a verbas da Assembleia da República, destinadas em exclusivo a cargos de assessoria dos grupos parlamentares.
A CNN Portugal escreve que a investigação, que terá nascido em 2020 após denúncias internas, suspeita que foram pagos milhares de euros por mês a funcionários que não exerciam funções na Assembleia da República, mas, sim, nas sedes distritais do PSD e no apoio à Juventude Social Democrata (JSD).
As autoridades acreditam que Rui Rio teria conhecimento do esquema, uma vez que, além de presidente do PSD, foi líder da bancada parlamentar social-democrata de novembro de 2019 a setembro de 2020.
Em declarações à estação, a partir do seu apartamento, no Porto, Rui Rio disse estar "tranquilo".
Entretanto, o PSD confirmou estas buscas. "O PSD confirma que a sede nacional e a sede distrital do Porto foram hoje objeto de buscas por parte da Polícia Judiciária", lê-se num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto.
"Segundo a informação das autoridades, a investigação em curso, visa factos que remontam ao período de 2018 a 2021", acrescenta o partido, que assegura que "prestará toda a colaboração solicitada pelas autoridades judiciais".
[Notícia atualizada às 12h36]
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