Prémio Gulbenkian distingue "famosos por aquilo que fazem no anonimato"

O Presidente da República afirmou hoje que o Prémio Gulbenkian para a Humanidade, que este ano distinguiu três personalidades que contribuíram para mitigar o impacto das alterações climáticas, dá a conhecer "famosos por aquilo que fazem no seu anonimato".

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Lusa
19/07/2023 20:58 ‧ 19/07/2023 por Lusa

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Prémio Gulbenkian

"E o que há de comum entre todos estes premiados? É que eles são famosos por aquilo que fazem no seu anonimato e não famosos pela sua fama mediática", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa na cerimónia de entrega do prémio em que marcou presença o primeiro-ministro, António Costa, e o antigo Presidente da República Cavaco Silva.

Este ano, a Gulbenkian atribuiu o prémio a três personalidades, nomeadamente a Bandi 'Apai Janggut', líder da comunidade Sungai Utik na Indonésia, a Cécile Bibiane Ndjebet, natural dos Camarões e defensora da igualdade de género e do direito das comunidades à floresta e aos seus recursos naturais, e a Lélia Wanick Salgado, uma ambientalista, designer e cenógrafa brasileira.

O chefe de Estado salientou que o prémio não aposta só no futuro e numa visão global de futuro como vai buscar os protagonistas ao outro lado da terra, mostrando o seu exemplo a nível universal.

"Isto é uma fundação universal, não é uma fundação nacional, não é uma fundação de um país só", vincou.

E acrescentou: "Saímos daqui a encontrar no terreno valores vividos por quem não conhecíamos, passamos a conhecer e ainda bem que passamos a conhecer porque eles são bem mais importantes do que a maioria esmagadora de todos nós".

E essa é a finalidade do prémio, concluiu.

No valor de um milhão de euros, o Prémio Calouste Gulbenkian para a Humanidade distingue pessoas ou organizações que "contribuem com a sua liderança para enfrentar os grandes desafios atuais da humanidade -- as alterações climáticas e a perda de biodiversidade".

O júri, liderado pela antiga chanceler alemã Angela Merkel, selecionou estas três personalidades entre 143 nomeados, oriundos de 55 países e de todos os continentes.

Os vencedores foram escolhidos pela sua liderança e trabalho incansável, ao longo de décadas, no restauro de ecossistemas vitais - florestas, paisagens e mangais -, e na proteção de territórios em conjunto com as comunidades locais.

Esta é a quarta edição do prémio, que foi atribuído pela primeira vez em 2020 à jovem ativista sueca Greta Thunberg.

Leia Também: Prémio Gulbenkian. Merkel destaca exemplo encorajador dos três vencedores

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