Criança engoliu apito e não foi atendida em Faro. Urgência estava fechada

Criança, que estava a ser levada para o Hospital de Faro, foi transportada para Portimão. Antes, teve ainda de trocar de ambulância.

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Notícias ao Minuto
25/07/2023 17:54 ‧ 25/07/2023 por Notícias ao Minuto

País

Faro

Uma criança, que engoliu um apito num acidente de viação, não foi assistida no Hospital de Faro devido ao encerramento da Urgência de Pediatria, tendo sido encaminhada para o Hospital de Portimão, já depois de ter de trocar de ambulância para esse transporte. 

Ao Notícias ao Minuto, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) confirmou a assistência à criança e o transporte desta para Portimão, quando os pais se deslocavam para o Hospital de Faro. Por sua vez, o Centro Hospitalar Universitário do Algarve justificou que o transporte para Portimão ocorreu devido ao facto de a "Urgência de Pediatria em Faro se encontrar encerrada".

"O INEM confirma a assistência a uma criança na sequência de uma chamada às 22h15 para o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), no contexto de um acidente de viação. A criança era ocupante do veículo e teria engolido um corpo estranho. Os pais estariam a transportá-la naquele momento para o Hospital de Faro", explica o Instituto.

"Depois de realizada a triagem clínica, foi acionada a Ambulância de Emergência Médica (AEM) do INEM de Faro às 22h20 que chegou ao local às 22h22 e procedeu à avaliação da criança, reportando que não existiam quaisquer sinais de gravidade", lê-se.

Segundo o INEM, "uma vez que a unidade de referência para urgência de pediatria na região era o Hospital de Portimão e não existindo critério de gravidade, a criança foi direcionada para esta unidade".

Além disso, "para otimizar a utilização dos meios de emergência e dado o volume elevado de serviços em Faro, foi decidido o transporte pela ambulância de Portimão, deixando disponível o meio em Faro para outras ocorrências no concelho, o que motivou a transferência de viatura".

O Instituto justifica que, "de outra forma, a ambulância de Faro ficaria cerca de 2 horas fora da sua área de intervenção".

"Não houve intercorrências a registar e o transporte decorreu sem alterações no estado de saúde da criança", assegura o INEM, que frisa ainda que "a gestão dos meios de socorro é feita de forma criteriosa, para que não faltem em situações em que são efetivamente necessários" e que as decisões do CODU "foram tomadas para prestar a esta criança os melhores cuidados de saúde e para garantir a disponibilidade de meios de socorro para quem deles necessitasse".

Encaminhada para Portimão por urgência estar encerrada em Faro

Já o Hospital de Faro explicou, em resposta ao Notícias ao Minuto, que "a criança foi transportada no dia 21 de julho, pelo INEM, diretamente para a Unidade Hospitalar de Portimão, pelo facto da Urgência de Pediatria em Faro se encontrar encerrada".

Em Portimão, "a criança foi observada, não se tendo identificado qualquer situação patológica, mas, perante a suspeita de ingestão de corpo estranho, foi encaminhada para observação pela especialidade de Otorrinolaringologia (ORL) no dia seguinte na Unidade Hospitalar de Faro".

No dia 22 de julho, a criança foi observada na Unidade Hospitalar de Faro pela especialidade de ORL, "não se detetando qualquer alteração" e "teve alta".

O hospital assegura ainda que a "criança encontrava-se bem em todas as fases do processo assistencial".

De realçar que, nos últimos meses, a urgência pediátrica do Hospital de Faro tem funcionado com grande incerteza devido à falta de médicos.

[Notícia atualizada às 18h21]

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