Os peregrinos inscritos para esta jornada, que arranca terça-feira em Lisboa, têm uma credencial com um código QR (sigla em inglês para Quick Response, que significa "resposta rápida"), que tem a informação do participante, mas também senhas para alimentação, disponibilizada pela organização.
Nesta JMJ Lisboa 2023, os participantes podem utilizar áreas da própria jornada e restaurantes ou outros pontos de alimentação de parceiros externos, devendo para tal apresentar o código QR.
Nos últimos dias, os peregrinos foram informados, através da aplicação Lisboa 2023, que devem manter o seu QR Code, que é pessoal, resguardado.
Isso mesmo foi confirmado à Lusa pela organização e partilhado por vários participantes, com receio de que o seu código possa ser utilizado indevidamente.
Alguns participantes com quem a Lusa falou mostraram soluções improvisadas, como um bilhete de transporte a tapar o código, ou um simples 'post-it a inviabilizar a leitura.
A JMJ Lisboa 2023 disse não ter conhecimento da utilização indevida destes códigos ou das credenciais dos peregrinos, o mesmo acontecendo com a PSP.
Tiago Ferreira, porta-voz da PSP, disse que esta força de segurança não tem conhecimento de queixas e nada que indique que existe "um problema", até porque a utilização dos códigos só começará após o início da jornada.
Ainda assim, reforçou o conselho da JMJ Lisboa 2023 e afirmou que, tal como qualquer cartão de identificação, os códigos das credenciais para o evento devem ser alvo dos mesmos cuidados e estarem, por isso, devidamente resguardados.
Em vários locais de Lisboa, os participantes revelaram conhecer o conselho da organização da JMJ, tendo alguns indicado que, além da mensagem da aplicação, os vários grupos alusivos ao evento nas redes sociais têm dado eco à recomendação.
A JMJ Lisboa 2023, o maior evento da Igreja Católica e que se realiza pela primeira vez em Portugal, entre terça-feira e domingo, deverá trazer a Lisboa mais de um milhão de pessoas.
Nos locais históricos da cidade, mas também em locais desportivos e comerciais, são visíveis dezenas de peregrinos, muitos deles identificados por 't-shirts' e chapéus que constam do 'kit' peregrino, fornecido pela organização, e também pelas credenciais onde consta a identificação, uma fotografia e um código QR.
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