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Sobem para 39 os casos de suspeita de toxinfeção alimentar em Leiria

O número de casos suspeitos de toxinfeção alimentar em Leiria subiu para 39, mantendo-se um caso em observação hospitalar, adianta hoje uma nota de imprensa da Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Centro.

Sobem para 39 os casos de suspeita de toxinfeção alimentar em Leiria
Notícias ao Minuto

21:26 - 01/08/23 por Lusa

País toxinfeção

Segundo o comunicado enviado ao início da noite de hoje, o Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) teve conhecimento de mais 11 casos "com sintomatologia compatível com a suspeita de toxinfeção alimentar", que desde sexta-feira tem levado algumas pessoas ao hospital.

"No total, e até ao momento, identificaram-se 39 casos que tiveram sintomas, dos quais 18 recorreram aos serviços hospitalares, mantendo-se apenas um caso em observação hospitalar", informa a Saúde Pública da ARSC.

As autoridades reafirmam que o "denominador alimentar comum a todos os doentes mantém-se a broa, continuando a ser retirados do mercado os produtos sinalizados, sem prejuízo de virem a ser identificados outros alimentos suspeitos no decurso da investigação epidemiológica".

As amostras clínicas e alimentares já foram enviadas para análise laboratorial e continuam a ser realizadas vistorias aos locais de confeção, distribuição e venda dos alimentos.

O Departamento de Saúde Pública da ARSC e as Unidades de Saúde Pública dos Agrupamentos de Centros de Saúde do Pinhal Litoral, do Pinhal Interior Norte e do Baixo Mondego, em colaboração com o Centro Hospitalar de Leiria, Hospital Distrital da Figueira da Foz, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses e o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária "mantêm-se a acompanhar a situação, da qual continuarão a dar nota pública".

Em comunicado enviado, no sábado à noite, à agência Lusa, o Departamento de Saúde Pública da ARSC explicou que os casos detetados tinham idades compreendidas entre os 30 e os 77 anos.

A situação levou a que tivesse sido iniciada uma investigação que "compreendeu a aplicação de questionários de identificação de sintomas e de exposições suspeitas, nomeadamente consumo de alimentos em diferentes refeições familiares".

No âmbito dessa investigação, que envolveu também a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), foram recolhidas "amostras de produtos alimentares suspeitos para investigação laboratorial" e foram "sequestrados da comercialização os produtos alimentares suspeitos que foi possível identificar e alertados os serviços clínicos para possível chegada de novos doentes".

Segundo o mesmo texto, a sintomatologia observada "foi predominantemente neurológica, nomeadamente secura das mucosas da cavidade oral, dilatação pupilar, visão desfocada, tonturas, quadros de confusão mental e diminuição da força muscular".

Registaram-se ainda 12 casos com sintomatologia ligeira que não recorreram aos serviços de saúde e "foram identificadas sete famílias afetadas".

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