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Cartaz sobre abusos retirado? "Que vergonha e que burrice política"

A polémica estalou na quarta-feira, quando um dos três cartazes foi retirado de Algés por ordem do município de Oeiras por ser "publicidade ilegal".

Cartaz sobre abusos retirado? "Que vergonha e que burrice política"
Notícias ao Minuto

16:36 - 03/08/23 por Notícias ao Minuto

Política Isabel Moreira

A deputada socialista Isabel Moreira descreveu, esta quinta-feira, a retirada de um cartaz que denunciava os abusos sexuais de menores na Igreja Católica, em Algés, pela Câmara de Oeiras, como uma "vergonha" e uma "burrice política".

"Que vergonha e que burrice política, já agora", escreveu na rede social X (anteriormente conhecida como Twitter), numa reação à notícia.

A polémica estalou na quarta-feira, quando um dos três cartazes do movimento ‘This is our memorial’ (Este é o nosso memorial) que denunciam os abusos sexuais na Igreja foi retirado de Algés por ordem do município de Oeiras por ser "publicidade ilegal". Segundo a justificação da autarquia, toda a publicidade ilegal no concelho é retirada.

Após a decisão do concelho de Oeiras, o movimento cívico responsável pelo cartaz afirmou ponderar agir judicialmente contra a autarquia. "Repudiamos a decisão ilegal e autoritária da CM de Oeiras de mandar retirar o cartaz de cariz político - e não de publicidade, como erradamente comunicaram aos media - colocado naquele Município respeitando a legalidade", lia-se num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso. 

Já esta quinta-feira, o vice-presidente da Câmara de Oeiras, Francisco Rocha Gonçalves, mostrou-se disponível para "encontrar uma solução de forma urgente, se necessário durante a madrugada". Em declarações à agência Lusa, Francisco Rocha Gonçalves, sublinhou que o município se associa às vítimas e à causa, que considera "importantíssima" e de interesse público.

Os cartazes em causa, em que se lê a frase "Mais de 4.800 crianças abusadas pela Igreja católica em Portugal", em inglês, ilustrada por 4.800 pontos que representam cada uma das vítimas, foram colocados na madrugada de quarta-feira em Lisboa, Loures e Algés.

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