O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, questionado pelos jornalistas sobre o aumento do risco de incêndio nos próximos dias - em plena realização da JMJ - explicou que "houve o cuidado", por parte da Proteção Civil, "de ter estruturas paralelas".
E elaborou, em declarações no Parque Eduardo VII: "Há uma estrutura para a JMJ, e há uma estrutura nacional para prevenir e responder àquilo que está a ser ou pode vir a ser o aquecimento [do país], ao longo dos próximos dias".
O chefe de Estado teceu ainda mais algumas considerações sobre o que pode esperar-se nos próximos dias: "O próximo fim de semana será pior mas tem havido uma grande irregularidade. Sobe muito a temperatura três ou quatro dias, mas depois desce. E tem havido mais humidade, felizmente, e temperaturas mais baixas à noite. Mesmo com dias muito quentes, nas noites existem quedas de temperatura, e isso é muito bom".
Importa lembrar que, já esta sexta-feira, mais de 70 concelhos do interior Norte e Centro e dos distritos de Beja e Faro foram colocados em perigo máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
De acordo com o IPMA, estão em perigo muito elevado cerca de 90 concelhos dos distritos de Faro, Beja, Évora, Lisboa, Leira, Aveiro, Coimbra, Viseu, Guarda, Portalegre, Porto, Vila Real e Bragança.
Em perigo elevado estão mais de 50 concelhos dos distritos de Braga, Porto, Aveiro, Santarém, Leiria, Lisboa, Setúbal, Évora, Portalegre, Beja e Faro.
Nos próximos dias, o número de concelhos em perigo máximo vai aumentar, de acordo com a previsão do instituto, que espera uma subida das temperaturas a partir de hoje.
Na quinta-feira, por causa da subida dos valores da temperatura e da redução da humidade, a Proteção Civil alertou para o agravamento do estado do tempo nos próximos dias, mantendo o país em alerta amarelo para risco de incêndios rurais.
"As condições meteorológicas que vamos ter nos próximos ditam-nos que qualquer pequena ocorrência poderá tornar-se numa grande ocorrência", disse secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, num 'briefing', na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, em Oeiras.
Devido ao aumento do risco de incêndios rurais nos próximos dias, André Fernandes explicou que foi decidido manter o estado especial de alerta no nível amarelo para os incêndios rurais e as medidas para operacionalização na região de Lisboa e Vale do Tejo, com reforço de dois corpos de bombeiros, tendo um acréscimo de 150 operacionais.
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