Uma operação coordenada pela Interpol resultou na detenção de mais de 100 suspeitos de uma organização alegadamente violenta e criminosa, com a Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica - UNC3T, a colaborar na investigação e a deter 31 cidadãos portugueses e estrangeiros em Portugal.
Em comunicado, divulgado esta sexta-feira, a PJ conta que a operação, designada como 'Jackal', teve como objetivo investigar o crime organizado na África Ocidental, nomeadamente as atividades de "um grupo organizado e transnacional, autodesignado Black Axe".
"O grupo criminoso Black Axe é uma organização violenta de estilo mafioso, conhecida por fraudes financeiras praticadas por meios informáticos e branqueamento de capitais", explicaram as autoridades.
A investigação pela polícia portuguesa - entre 15 e 29 de maio de 2023 - resultou em 31 detidos, com outros 48 suspeitos identificados, além da apreensão de 1,4 milhões de euros (mais de metade do valor total apreendido em toda a operação). Foram também congeladas 50 contas bancárias e abertas 28 investigações.
No total, foram apreendidos em todo o mundo 103 cidadãos, e identificados 1.110 suspeitos, com 208 contas bancárias arrestadas e 2,15 milhões de euros apreendidos.
As operações coordenadas pela Interpol decorreram em 21 países espalhados por cinco continentes, nomeadamente na Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, Costa do Marfim, França, Alemanha, Indonésia, Irlanda, Itália, Malásia, Países Baixos, Nigéria, Portugal, Africa do Sul, Espanha, Suíça, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos da América.
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