Bastonário dos médicos debateu com Defesa e Justiça carreiras fora do SNS
O bastonário da Ordem dos Médicos revelou hoje ter tido reuniões com as ministras da Defesa e da Justiça para debater a carreira médica e outros problemas dos médicos que trabalham fora do Serviço Nacional de Saúde.
© Carlos Pimentel/Global Imagens
País Ordem dos Médicos
Em declarações à agência Lusa, Carlos Cortes reiterou que o bastonário "representa todos os médicos" e que, apesar de nos últimos anos a Ordem dos Médicos (OM) ter estado mais focalizada nos médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), tem tido o cuidado de se inteirar das questões de formação e progressão na carreira dos médicos que prestam serviço fora do SNS e em organismos tutelados por Ministérios como o da Defesa, Justiça, Ministério da Administração Interna, Ministério da Solidariedade e Secretaria de Estado do Desporto e Juventude.
Defendendo uma "visão transversal da medicina e dos médicos dos cuidados de saúde", Carlos Cortes reuniu-se na quarta-feira com a ministra de Defesa e em julho com a ministra da Justiça, analisando quer a questão dos médicos militares (Defesa), quer o caso dos médicos de Medicina Legal e também os médicos dos Estabelecimentos Prisionais, cujas entidades são tuteladas pelo Ministério da Justiça
Segundo Carlos Cortes, a possibilidade de o médico um dia estar num setor, público, privado ou social, e mudar de setor, tendo a sua progressão na carreira médica assegurada, é um aspeto que é para a OA "absolutamente fundamental".
O objetivo desta estratégia "transversal", esclareceu o bastonário, é garantir a representação dos médicos em todas as suas dimensões, independentemente do Ministério em que estejam inseridos, bem como de assegurar cuidados de saúde de forma global, e não só nos vários hospitais e centros de saúde do país.
Por exemplo, no âmbito da Defesa Nacional, coloca-se a questão dos médicos militares e dos médicos civis que trabalham em instituições militares, havendo aqui "algumas situações que merecem ser acauteladas".
Carlos Cortes reconheceu que uma das preocupações da OM passa por fazer o acompanhamento da progressão das carreiras médicas nessas instituições fora do SNS, salientando que há outras questões, como a formação e o âmbito disciplinar.
Em questão está, mencionou, garantir as oportunidades que os médicos têm de ter e de fazer formação, independentemente de estarem num hospital militar ou num hospital do Serviço Nacional de Saúde.
"Depois há aqui uma matéria que é a questão disciplinar e que, obviamente é absolutamente transversal", disse Carlos Cortes, salientando contudo que a grande preocupação da OM é manter uma visão alargada e transversal da profissão médica e dos cuidados de saúde, resolvendo também problemas em termos de carreira, colocação e vagas em setores tutelados pelos Ministérios.
De acordo com o bastonário, quer a ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, quer a ministra da Defesa, Helena Carreiras, mostraram-se sensibilizadas para os assuntos relacionados com os médicos que prestam serviço naqueles ministérios, nomeadamente em termos de progressão e melhoria das condições de trabalho.
"A ordem dos médicos quer representá-los de todas as formas e aquilo que irá defender para os médicos do SNS irá também defender para os médicos do setor privado e destas outras tutelas", prometeu.
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