Face ao mau tempo que se avizinha a partir deste sábado, dia 2 de setembro, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) emitiu, como já é habitual, um conjunto de recomendações a seguir, assim como os efeitos espetáveis para os próximos dias, para que se mantenha em segurança.
Tendo em conta que, a partir da tarde de hoje, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) dá conta de “uma mudança gradual das condições meteorológicas, do Interior Este para o Litoral, com a ocorrência de precipitação, por vezes forte, acompanhada de granizo, trovoada e rajadas convectivas, em especial nos dias 2 e 3”, a Proteção Civil lembrou, em comunicado, que os episódios “típicos das estações de transição” são propícios à “ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento”, assim como da “ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras”.
Segundo a mesma nota, estes fenómenos podem originar “instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo”, bem como “contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes de incêndios rurais” e, por fim, “arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública”.
Nessa linha, a entidade recomendou que deverá:
- Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
- Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
- Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
- Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
- Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
- Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível acumulação de neve e formação de lençóis de água nas vias;
- Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
- Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.
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