Orçamento? Bolieiro diz que não pode "assumir decisões" dos outros
O presidente do Governo dos Açores assumiu-se hoje como garante da "estabilidade governativa" na região, mas avisou que não pode "assumir as decisões" dos outros no parlamento, na aprovação do Plano e Orçamento para 2024.
© PSD/Açores
País Açores
"Não posso assumir as responsabilidades nem as decisões dos outros [partidos]. Iremos serenamente apresentar as nossas propostas", afirmou hoje José Manuel Bolieiro, em conferência de imprensa, em Ponta Delgada, no final de dois dias de audições concedidas aos partidos políticos e forças vivas da sociedade no quadro da preparação das antepropostas de Plano e Orçamento para 2024.
De acordo com Bolieiro, este é uma "oportunidade de ouvir e estar recetivo às propostas dos parceiros sociais e dos partidos políticos com assento parlamentar, não apenas aos que dão suporte ao Governo Regional como também todos os partidos da oposição".
Para o líder do executivo açoriano, está-se perante um momento de "grande importância decisiva e histórica" para aproveitar os meios financeiros disponíveis gerados pelo final do atual quadro comunitário de apoio, do próximo e do Plano de Recuperação e Resiliência.
"Na democracia, e sobretudo na centralidade, que é o parlamento, porque é decisivo, eu não tenho temores nem certezas porque aqui convive-se com a geometria variável da votação e sobretudo com a incerteza, aliás desde a primeira hora", frisou Bolieiro.
De acordo com o chefe do executivo açoriano, a "abertura desde a primeira até à última hora é para garantir um diálogo e um consenso que permita realizar, com denominador comum acrescentado, o que é de interesse para a região pela estabilidade política e governativa" que afirma sempre procurou ser.
Os três partidos que integram o Governo Regional (PSD, CDS-PP e PPM) têm 26 deputados na Assembleia Legislativa. Com o apoio do deputado do Chega, somam 27 lugares, número insuficiente para a maioria.
A Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados e, na atual legislatura, 25 são do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM, dois do BE, um da Iniciativa Liberal, um do PAN, um do Chega e um deputado é independente (eleito pelo Chega).
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