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Turismo de portugueses "não foi estruturalmente" afetado em Marrocos

A atividade turística de portugueses em Marrocos "não foi estruturalmente afetada" pelo sismo, sendo que a maioria dos turistas está em Saidia ou em Agadir, afirmou hoje a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT).

Turismo de portugueses "não foi estruturalmente" afetado em Marrocos
Notícias ao Minuto

14:19 - 09/09/23 por Lusa

País Marrocos

"De um modo geral, caracterizando a atividade turística, ela não foi estruturalmente afetada", disse o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, ressalvando esta é a informação disponível neste momento, pelo que "ainda é cedo para conclusões" relativamente ao impacto do sismo registado em Marrocos na sexta-feira à noite, que afetou sobretudo a região de Marraquexe.

De acordo com o presidente da APAVT, "haverá, com certeza, milhares [de turistas portugueses] em Marrocos" nesta altura do ano, que ainda é época alta, mas "estão sobretudo em Saidia ou em Agadir", cidades em que o sismo terá sido "muito pouco sentido".

"Marraquexe é um destino turístico importantíssimo, muito relevante, mas é, naturalmente - sendo uma cidade -, mais um destino turístico de 'city break' e é até um destino turístico bastante procurado nas épocas baixas pelos turistas portugueses", expôs Pedro Costa Ferreira.

Nesta altura, devem estar "centenas" de turistas portugueses em Marraquexe, "mas não há, neste momento, o reporte de nenhum incidente com um turista [português] que motive, por exemplo, um pedido de ajuda".

O representante das agências de viagens e turismo disse que "não há nenhuma restrição legal" no Portal das Comunidades Portuguesas relativamente a deslocações para Marrocos e, "para caracterizar melhor esta normalidade da atividade, [...] hoje partiram dois 'charters' para Saidia, exatamente com 180 pessoas, cada avião", e não há qualquer informação, neste momento, de que tenha havido algum cancelamento de voos.

Questionado se prevê o regresso antecipado de turistas portugueses na sequência do sismo, Pedro Costa Ferreira disse que "tudo depende de como é que a vida vai voltar à normalidade ou não em Marraquexe".

"Não prevemos, não quer dizer que não aconteça, mas não é um movimento que seja expectável. Se naturalmente a vida se normalizar, é natural que as pessoas - até porque são 'city breaks', portanto não são estadas longas -, provavelmente alguém que tenha marcado para regressar amanhã [domingo] ou depois de amanhã [segunda-feira] não verá grande vantagem em tentar romper esta reserva ou alterá-la e à pressa regressar a Portugal. Não me parece que haja nenhum sentimento de perigo, neste momento, em Marraquexe com os turistas portugueses", declarou o presidente da APAVT.

A associação de agência de viagens e turismo vai continuar a acompanhar a situação em Marrocos, para perceber consoante os próximos acontecimentos "se tudo vai com alguma rapidez voltar à absoluta normalidade ou se alguma coisa que aconteça provoque alguma desregulação na atividade normal".

Pedro Costa Ferreira reforçou que a situação da atividade turística "não apaga, naturalmente, nem a tristeza, nem a solidariedade" para com o povo marroquino perante as consequências do sismo.

O balanço do terramoto que atingiu Marrocos na sexta-feira à noite subiu para 820 mortos e 672 feridos, dos quais 250 graves, anunciou hoje o Ministério do Interior marroquino.

A província com mais vítimas registadas é Al Haouz, a sul de Marraquexe e próxima do epicentro, com 394 mortos, segundo o balanço até às 10:00 locais (mesma hora em Lisboa), citado pela agência espanhola EFE.

Segue-se Taroudant (271 mortos), Chichaoua (91), Ouarzazate (31), Marraquexe (13), Azilal (11), Agadir (5), Casablanca (3) e Al Youssufia (1).

De acordo com o Instituto Nacional de Geofísica de Marrocos, o sismo atingiu a magnitude 7,0 na escala de Richter e ocorreu na região de Marraquexe (norte) às 23:11, a uma profundidade de oito quilómetros.

O epicentro foi na localidade de Ighil, situada a cerca de 80 quilómetros a sudoeste de Marraquexe.

O forte sismo foi sentido em Portugal e Espanha.

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