Questionado pela Lusa à margem do encontro "Comunidades em Ação -- operações integradas metropolitanas", que decorre no Fórum Lisboa, o autarca explicou a posição sobre o Metropolitano de Lisboa que veiculou em entrevista à TSF e ao DN, divulgada hoje.
Csrlos Moedas já tinha pedido ao Governo para ter "pelo menos um administrador" no Metro e "esse pedido não foi respondido" pelo primeiro-ministro, António Costa.
"Não houve aqui nenhuma diferença no meu pensamento", ressalva, quando questionado pela Lusa sobre passar de pedir "um administrador" para ser "acionista a 100%" do Metro.
"Não havendo reação da parte do Governo em relação a haver um administrador, penso que devo lutar por uma solução, que é a solução que faz sentido. Como é que temos um Metro que é tutelado a nível nacional, mas que trabalha no meu território, no nosso território, dos lisboetas?", questiona, recordando: "É o Metro de Lisboa".
Esta mudança na gestão do Metro de Lisboa é "uma questão de estratégia" e, portanto, tem de passar por uma "discussão com o Governo", nota o autarca social-democrata.
"Sei que não vou conseguir de um dia para o outro", reconhece, sublinhando que quer que "os lisboetas" saibam qual é a sua posição.
"Quando [as pessoas] se queixam sobre problemas do Metro têm de ter consciência de que o presidente da Câmara não manda no Metro. Tenho excelentes relações com o Metro, estamos a trabalhar muito bem como o Metro, mas era muito diferente se fosse a Câmara a tutelar o Metro, até para a solução global de mobilidade", acredita.
"O presidente da Câmara acaba por ser o culpado de tudo o que acontece na cidade. (...) É um papel de que gosto muito, porque sou eu que tento resolver, mas tenho de ter instrumentos para resolver [os problemas]. Se eu fosse aquele que tutelava o Metro, poderia resolvê-los, obviamente, doutra maneira", realça.
Carlos Moedas está convicto de que a Câmara de Lisboa "tem capacidade" para gerir o Metro e que essa gestão traria "agilidade nas soluções" e "maior resposta", tendo em conta também que é a autarquia que gere a Carris.
Ora, nesta altura, Lisboa tem uma "mobilidade fragmentada" e não, como se pretende, integrada, distingue.
"Ao termos a Carris de um lado e o Metro do outro, é mais difícil que isso aconteça", frisa.
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