"Não se tendo registado vítimas, com o que nos congratulamos, não podemos esquecer aqueles que sofrem os efeitos desta tragédia e os danos por ela provocados, a quem dirijo uma palavra de conforto e ânimo, estando certo que, juntos, procuraremos amenizar, de alguma forma, esta difícil situação", refere Ireneu Barreto, em comunicado enviado às redações.

O representante da República considera que os "gigantescos fogos que deflagraram nos concelhos da Calheta, do Porto Moniz e de Câmara de Lobos colocaram novamente à prova a capacidade de união, resiliência e superação do povo madeirense".

"Expressei já a minha total solidariedade e garantia de acompanhamento permanente aos senhores presidentes das câmaras onde os fogos atingiram proporções mais drásticas, municípios aos quais oportunamente me deslocarei para as transmitir pessoalmente", lê-se na nota de imprensa.

De acordo com o balanço mais recente do Serviço Regional de Proteção Civil, divulgado às 13:00, 57 pessoas receberam assistência médica devido aos incêndios que deflagraram na quarta-feira e continuam ativos municípios de Câmara de Lobos, Calheta (zona oeste) e Porto Moniz (costa norte), sendo que 400 pessoas não têm eletricidade nas residências e 33 estão deslocadas por motivos de segurança.

O combate mobiliza no total 127 operacionais, 40 veículos e o helicóptero, o único meio aéreo da região autónoma, e o fogo mais preocupante é o que lavra agora no concelho do Porto Moniz.

O representante da República para a Madeira refere, no comunicado, que espera reunir-se brevemente com as entidades que tutelam a Proteção Civil, tendo presentes as "várias dimensões da situação inesperada" que se abateu na região, "afetando de modo especial as populações da zona oeste e norte da Madeira".

"Dirijo uma especial mensagem de sentido louvor, de incentivo e de confiança àqueles que, de maneira abnegada e corajosa, souberam nesta ocasião dar o melhor de si, nomeadamente as populações atingidas, os elementos da Proteção Civil, as corporações de bombeiros regionais, as forças de paz e de segurança, os militares da Forças Armadas e todos aqueles que, direta ou indiretamente, estão envolvidos nas operações de combate aos fogos e de rescaldo", sublinha Ireneu Barreto.

O representante da República destaca também o empenho dos bombeiros de corporações nacionais que, coordenados pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, vieram hoje apoiar as corporações da Madeira a combater os incêndios, num total de 64 elementos.

"É reconfortante verificar novamente que, em momentos de tragédia, o país se une e mostra, de imediato, a solidariedade característica dos Portugueses e do Estado bem reveladora da unidade e da coesão nacional", realça no comunicado.

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