Em causa está a linha Dragão - Souto, que contará com oito estações nos concelhos do Porto e de Gondomar: São Roque, Cerco, Lagarteiro, Lagoa, Valbom, Hospital Fernando Pessoa, Oliveira Martins e Souto, e que já tem financiamento assegurado por fundos europeus.
"Faz ainda parte desta linha uma obra de arte, um viaduto com cerca de 830 metros de extensão, no troço Lagarteiro - Lagoa", pode ler-se nos documentos do concurso público para a elaboração do projeto da nova fase de expansão do Metro do Porto, lançado na segunda-feira por 9,4 milhões de euros.
A ligação entre o atual tronco comum e a futura linha "é feita a norte da estação Estádio do Dragão", em que o traçado se desenvolve "integralmente em túnel mineiro, à exceção do arranque, que é realizado no viaduto metro existente".
"Após o arranque, o traçado deverá garantir, em termos de planta e perfil, a passagem sob os ramais de acesso à VCI e sob as linhas de caminho de ferro", pode ler-se nos documentos consultados pela Lusa.
No concelho do Porto, "prevê-se que a estação São Roque esteja inserida no troço central da Alameda de Cartes e sob o viaduto da Rua de São Roque da Lameira", sendo a estação em trincheira, "com o topo sul à superfície, de forma a garantir uma ligação franca com a Alameda de Cartes, e de cais central, dada a existência dos pilares do viaduto".
As estações Cerco e Lagarteiro serão à superfície, correndo o metro ao longo da Alameda de Cartes e cruzando a autoestrada A43, encontrando-se a estação do Lagarteiro junto ao bairro e "em frente à entrada principal do Parque Oriental".
Quanto à ligação ao concelho de Gondomar, o troço Lagarteiro - Lagoa "desenvolve-se inicialmente em túnel mineiro e, de seguida, em viaduto", com uma extensão de 830 metros.
A estação Lagoa ficará perto do cruzamento entre as ruas Luís de Camões e Capela Lagoa, e a primeira parte da ligação a Valbom desenvolve-se em túnel mineiro até à chegada à futura estação (à superfície), que ficará nas traseiras da Rua Professora Georgina Nuno Neves Duarte.
De Valbom o metro seguirá para o Hospital Fernando Pessoa, cuja estação será em trincheira, seguindo depois para Oliveira Martins, no centro de Gondomar, num troço "inicialmente enterrado e, de seguida, à superfície".
"A rotunda de ligação entre as ruas Cosme Ferreira Castro, José do Paço e Avenida Oliveira Martins também será reformulada e deverá garantir o atravessamento ao eixo do canal do metro", referem os documentos consultados pela Lusa.
A estação Oliveira Martins "permite o acesso ao Pavilhão Multiusos de Gondomar", e a última estação, Souto, "será uma estação de superfície localizada no largo de Santo António", e "obrigará a uma reformulação profunda que deverá incluir um arranjo paisagístico" na zona.
A empreitada tem uma duração estimada de três anos e o seu fim está previsto para 2029.
A expansão da rede do Metro do Porto anunciada na sexta-feira contempla a ampliação da rede em pelo menos 37 quilómetros com 38 novas estações, de acordo com a apresentação feita no Auditório Municipal de Gondomar.
Em causa estão as linhas ISMAI - Muro - Trofa (metro até Muro e 'metrobus' até Paradela), Gondomar II (Dragão - Souto), Maia II (Roberto Frias - Parque Maia - Aeroporto) e São Mamede (IPO - Estádio do Mar).
Os valores do investimento na expansão rondam os 1.000 milhões de euros.
Atualmente estão em construção a extensão da Linha Amarela (D) entre Santo Ovídio e Vila d'Este, a Linha Rosa (G), entre São Bento e Casa da Música, o 'metrobus' entre Casa da Música e Praça do Império (haverá extensão à Anémona), e a consignação da empreitada da Linha Rubi (H), entre Casa da Música e Santo Ovídio, deve ocorrer até final do ano.
[Notícia atualizada às 15h30]
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