O primeiro-ministro, António Costa, pediu ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para ser recebido em Belém, na manhã desta terça-feira, na sequência das buscas e detenções em curso, que envolvem membros do Governo, no âmbito de uma investigação aos negócios de hidrogénio e lítio, avançou o Expresso.
Mais tarde, fonte da Presidência da República confirmou esta informação à Lusa, acrescentando que a reunião extraordinária já havia terminado por volta das 10h30.
Sublinhe-se que a assessoria de comunicação do primeiro-ministro confirmou a realização de buscas pela PSP no gabinete de Vítor Escária, chefe de gabinete do primeiro-ministro, acrescentando que não há comentários por parte de São Bento à ação da justiça.
"Confirmamos que há buscas no gabinete do chefe de gabinete [Vítor Escária]. Não comentamos a ação da justiça", disse à agência Lusa fonte da assessoria de António Costa.
A Polícia de Segurança Pública (PSP) e o Ministério Público (MP) estão a efetuar buscas em vários pontos do país, num processo que envolve o ministro das Infraestruturas, João Galamba, o ex-ministro do Ambiente João Matos Fernandes e o gestor Diogo Lacerda Machado.
Segundo o Público há buscas a decorrer na residência oficial do primeiro-ministro e nos Ministérios do Ambiente e Infraestruturas, já tendo sido detidos Vítor Escária, chefe de gabinete de António Costa, Lacerda Machado, o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, e dois executivos de empresas.
À agência Lusa, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática confirmou a realização de buscas da PSP nas suas instalações. Fonte oficial do ministério de Duarte Cordeiro disse, no entanto, não conhecer ainda o motivo das buscas.
O Público escreve ainda que Galamba e Matos Fernandes serão constituídos arguidos, mas também o atual ministro do Ambiente.
Fonte da PSP referiu à Lusa que foram mobilizados cerca de 140 polícias para a operação de buscas e que o inquérito está a cargo do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
As buscas estarão a decorrer no âmbito do processo que investiga os negócios do hidrogénio verde e lítio. Recorde-se que, em janeiro, a PGR confirmou que estava em curso esta investigação, sob segredo de justiça, mas ainda sem "arguidos constituídos".
[Notícia atualizada às 10h12]
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