Lítio e Hidrogénio. Interrogatórios dos detidos devem começar esta tarde
O interrogatório dos cinco detidos no caso dos negócios do lítio e do hidrogénio só devem começar hoje à tarde no Tribunal Central de Instrução Criminal, disse fonte do tribunal.
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País Governo/Demissão
De acordo com a mesma fonte, as defesas dos arguidos detidos têm estado esta manhã a ouvir escutas que não estavam transcritas, sendo que apenas depois de concluída essa fase se poderá dar início aos interrogatórios perante o juiz de instrução criminal Nuno Dias Costa.
O presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, será o primeiro a prestar declarações, seguindo-se o advogado e administrador da sociedade Start Campus Rui Oliveira Neves, o CEO desta empresa, Afonso Salema, o chefe de gabinete do primeiro-ministro demissionário, Vítor Escária, e, por último, o consultor Diogo Lacerda Machado, conhecido por ser o melhor amigo de António Costa.
Além dos cinco detidos, foram também constituídos arguidos o antigo governante e porta-voz do PS João Tiago Silveira, o ministro das Infraestruturas, João Galamba, e o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta.
Este processo visa as concessões de exploração de lítio de Montalegre e de Boticas, ambos em Vila Real; um projeto de produção de energia a partir de hidrogénio em Sines, Setúbal, e o projeto de construção de um 'data center' na Zona Industrial e Logística de Sines pela sociedade Start Campus.
O primeiro-ministro, António Costa, que apresentou a demissão na terça-feira, é alvo de uma investigação autónoma do MP num inquérito instaurado no Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos terem invocado o seu nome como tendo intervindo para desbloquear procedimentos nos negócios investigados.
A operação do MP, com o apoio da Autoridade Tributária e da PSP, assentou em pelo menos 42 buscas em diversos locais. O MP considerou fortemente indiciados os crimes de corrupção ativa e passiva de titular de cargo político, tráfico de influência e prevaricação.
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