O caso de Mónica Silva, a grávida desaparecida na Murtosa, no distrito de Aveiro, há cerca de um mês e meio, permanece um mistério.
A Polícia Judiciária (PJ) mantém as buscas pelo corpo e o principal suspeito permanece detido, mas novos dados dão agora conta da hipótese de existir um cúmplice no desaparecimento.
Segundo avança a TVI, entre os dias 2 e 3 de outubro, Mónica Silva terá recebido várias chamadas do principal suspeito. Um segundo telemóvel que foi descoberto apenas durante as buscas domiciliárias - e que terá sido ocultado por Fernando Valente - permitiu perceber o contacto existente entre suspeito e vítima.
No dia do desaparecimento, a última chamada deu-se por volta das 21h00, altura em que Mónica saiu de casa depois de ter jantado com os filhos. Aqui, o telefone da mulher acionou antenas a 800 metros da sua casa. Quatro horas depois, pelas 1h50, já no dia 4, desligar-se-ia.
É ligado novamente pelas 16h00, a 400 quilómetros de distância, em Cuba, no Alentejo - localidade onde os pais de Fernando têm uma propriedade.
Contudo, os registos do telemóvel do suspeito colocam-no na Torreira, em Aveiro. É aqui que entra a possibilidade de haver um outro envolvido no desaparecimento.
Fernando Valente foi detido pela Polícia Judiciária de Aveiro na noite de quarta-feira, dia 15, na sequência de buscas realizadas a diversas propriedades e veículos pertencentes à família do suspeito.
A casa onde Mónica Silva vivia com os dois filhos© Maria João Gala / Global Imagens
O detido, que ficou em preventiva, é um homem com quem a vítima de 33 anos terá tido um relacionamento amoroso e que alegadamente será o pai do bebé que espera.
A mulher, grávida de sete meses, foi vista pela última vez a 3 de outubro, quando saiu de casa com as ecografias da gravidez, ligando pouco depois ao filho a dizer que estava a regressar, o que não chegou a acontecer.
A família participou o desaparecimento junto da GNR da Murtosa no dia seguinte, tendo sido levadas a cabo buscas que, até ao momento, se revelaram infrutíferas.
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