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Pensões e CSI. "O que foi apresentado como grande medida, fica pequenino"

Em causa está a proposta do PSD para o aumento do Complemento Solidário de Idosos, que gerou alguma polémica no momento do anúncio feito por Luís Montenegro.

Pensões e CSI. "O que foi apresentado como grande medida, fica pequenino"
Notícias ao Minuto

08:42 - 28/11/23 por Notícias ao Minuto

Política Catarina Martins

A ex-coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, considerou, na segunda-feira, que o posicionamento do Partido Social Democrata (PSD) no âmbito do congresso que se realizou este sábado não foi muito “radical”.

“Ouvimos um congresso para mostrar força numa altura pré-eleitoral, mas depois, em concreto, ouvimos diagnóstico sobre coisas que todos no país estarão de acordo que é preciso mexer. Mas não ouvimos propriamente soluções que fossem muito radicais ou radicalmente diferentes daqueles que têm sido a maioria absoluta do Partido Socialista”, referiu durante o seu espaço de comentário no ‘Linhas Vermelhas’, emitido pela SIC Notícias.

A polémica com a proposta do aumento das pensões – que depois diria apenas respeito a um aumento em relação ao Complemento Solidário de Idosos (CSI) – é, na opinião de Catarina Martins, um reflexo da “incapacidade de mostrar alguma coisa muito nova”.

“Quando vamos ver, 820 euros é o limite de referência do Complemento Solidário para Idosos”, apontou, lembrando que este é calculado consoante também os rendimentos dos familiares. “O que quer dizer que, na verdade, não estamos a falar de uma medida que chegasse a muitas pessoas”, asseverou.

Catarina Martins defendeu ainda o aumento deste complemento, mas apontou que esta não era “muito radical”. “É uma medida que chega a menos de 140 mil pessoas num país que tem cerca de três milhões de pensionistas”.

Catarina Martins lembrou ainda que o discurso do líder do PSD referia-se à inexistência de truques e em marcar a “diferença”, e acrescentou: “Se calhar, desmontados os truques, aquilo que foi apresentado como uma grande medida fica muito pequenino”.

Questionada sobre se na sua opinião Montenegro o teria feito de forma intencional, Catarina Martins foi assertiva: “Acho que foi intencionalmente que passou a ideia naquele momento do discurso que de repente um pensionista não teria uma pensão abaixo dos 820 euros. De tal forma foi, que o líder parlamentar teve de vir a corrigir”.

Sublinhando que a fórmula de cálculo deste complemento não é simples, a bloquista apontou: “No meio de uma fórmula técnica muito complicada, Luís Montenegro faz um anúncio como se fosse uma coisa para muita gente – e depois é muito pouco para quase ninguém", concluiu.

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